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O açúcar que você coloca no seu cafezinho, aquele chocolatinho do meio da tarde ou até mesmo a sobremesa estão fazendo sua pele envelhecer. E não, não se trata de alarmismo ou terrorismo nutricional. É apenas o reconhecimento de um processo que acontece silenciosamente em nosso organismo — a glicação.

E você, já ouviu a respeito da glicação? Sabe como o açúcar afeta as suas células, inclusive as da pele, acelerando o processo de envelhecimento e causando, entre outros problemas, a flacidez? Então, não perca este artigo. Vamos explicar tudo que você precisa saber sobre esse tema?

O que é a glicação?

A glicação é um processo bioquímico que tem ganhado crescente atenção no campo da medicina estética e do envelhecimento. Afinal, este fenômeno, que ocorre quando proteínas se ligam a açúcares no organismo, pode causar danos significativos à pele. Como resultado, ocorre uma aceleração do processo de envelhecimento.

Vale a pena lembrar que o envelhecimento é um processo inevitável. Quem permanece vivo — o que é a melhor opção — passa a produzir menos colágeno, perde volume facial, vê o surgimento de rugas e o derretimento da face. Isso falando apenas do envelhecimento externo, fora seu impacto sobre os órgãos internos. No entanto, o que muitos não sabem é que alguns dos nossos hábitos aceleram este processo.

Por isso, compreender como a glicação afeta nossa pele é fundamental não apenas para profissionais da área da saúde, mas também para quem busca manter uma aparência jovem e saudável por mais tempo. Neste artigo, falaremos sobre os mecanismos da glicação, seus impactos na pele, formas de prevenção e as opções de tratamento disponíveis, incluindo procedimentos cirúrgicos para casos mais avançados.

Como acontece o processo de glicação?

A glicação é um processo complexo, que envolve uma série de reações químicas. Porém, tentaremos explicá-lo da forma mais didática possível.

O açúcar que consumimos passa pelo estômago, intestino, se transforma em moléculas de glicose e segue em direção ao sangue. A partir desta etapa, essas moléculas podem se ligar a proteínas ou lipídios (gorduras) sem a mediação de enzimas.

Esta ligação entre o açúcar e a proteína forma produtos conhecidos como AGEs (produtos finais de glicação avançada), que podem danificar permanentemente as proteínas do corpo. Na pele, as proteínas mais afetadas são o colágeno e a elastina. Assim, à medida que essas proteínas são danificadas, a pele perde as estruturas que dão a ela firmeza e elasticidade.

Até certo ponto, o processo de glicação acontece naturalmente no corpo humano. No entanto, ele se torna um problema quando acelerado por diversos fatores externos e internos. À medida que a ligação entre açúcar e essas proteínas forma estruturas irregulares e rígidas, elas perdem sua função original e se tornam resistentes à degradação natural do organismo.

O que torna a glicação particularmente prejudicial é que os AGEs não apenas danificam as proteínas existentes, mas também interferem na produção de novas proteínas. Além disso, uma vez formados, os AGEs são extremamente difíceis de serem eliminados pelo organismo, causando um efeito cumulativo ao longo do tempo. Isso significa que, quanto mais AGEs acumulamos, mais rápido nossa pele envelhece.

Qual é o impacto deste processo sobre a pele?

Os impactos da glicação na pele são diversos e muito evidentes. Um dos efeitos mais visíveis é a flacidez cutânea, resultante da perda de elasticidade. Assim, a pele perde sua firmeza natural, adquirindo uma aparência “caída” que é característica do envelhecimento precoce. Parte desta pele se acumula no terço inferior do rosto, aprofundando o bigode chinês, formando linhas de marionete e buldogue.

Paralelamente, a diminuição da flexibilidade do colágeno contribui significativamente para a formação de rugas mais profundas. Então, estas linhas de expressão tornam-se mais pronunciadas e persistentes, marcando o rosto de forma acentuada.

A glicação também afeta a luminosidade da pele. Com o tempo, ela se torna mais opaca e perde seu brilho natural, resultando em uma aparência menos radiante e saudável. Além disso, pode ocorrer uma alteração em sua coloração, que tende a adquirir um tom mais amarelado ou acinzentado, distanciando-se do aspecto rosado e vibrante característico de uma pele jovem.

Enfim, uma característica particularmente desafiadora da pele glicada é sua resistência a tratamentos cosméticos convencionais. Sabe aqueles cuidados que antes surtiam efeito, como um creme hidratante, a aplicação de vitamina C ou mesmo ácidos um pouco mais potentes? Eles se tornam menos eficazes, exigindo abordagens intensivas para alcançar resultados satisfatórios.

Quais são os fatores que aumentam a glicação?

Embora a glicação seja um processo causado primariamente pelo consumo de açúcar, diversos fatores podem potencializar este efeito em nosso organismo. Alguns desses fatores são externos e outros, internos.

O principal fator responsável por acelerar este processo é, sem dúvida, uma dieta rica em açúcares. Porém, não estamos falando apenas do doce, mas também de outros carboidratos refinados: pão, arroz e macarrão brancos, por exemplo. O consumo excessivo desses alimentos eleva os níveis de glicose no sangue, acelerando a formação de produtos finais de glicação avançada (AGEs).

A exposição solar excessiva também desempenha um papel crucial. Afinal, a radiação ultravioleta não apenas danifica diretamente a pele, mas também aumenta a produção de AGEs, intensificando o envelhecimento cutâneo. Paralelamente, o estresse oxidativo, causado pelo desequilíbrio entre antioxidantes e radicais livres no organismo, potencializa o processo de glicação.

O tabagismo é outro fator agravante significativo. O fumo não só prejudica a saúde geral, mas também aumenta drasticamente a formação de AGEs na pele, acelerando seu envelhecimento. Além disso, o consumo excessivo de alimentos processados contribui para este problema, pois muitos produtos industrializados já contêm AGEs pré-formados, que são facilmente absorvidos pelo organismo.

É possível prevenir ou minimizar os danos sobre a pele?

A prevenção e minimização dos danos causados pela glicação envolvem principalmente mudanças no estilo de vida e cuidados específicos com a pele. Veja, a seguir, as principais atitudes de quem quer desacelerar o envelhecimento da pele:

Alimentação balanceada para reduzir a glicação

Reduzir o consumo de açúcares e alimentos com alto índice glicêmico (principalmente carboidratos refinados) é fundamental. A melhor opção é sempre adotar uma dieta rica em vegetais, frutas e proteínas magras. Quanto mais natural e cheio de fibras for o alimento, melhor será o combate à glicação. Alimentos ricos em antioxidantes podem ajudar a combater o estresse oxidativo associado a este processo.

Uso de protetor solar

O uso diário de protetor solar é essencial para prevenir não apenas o fotoenvelhecimento, mas também para reduzir a formação de AGEs induzida pela radiação UV.

Uso de cosméticos específicos

Atualmente, a indústria de cosméticos já desenvolveu uma série de ativos antiglicação. Carnosina, aminoguanidina e extrato de blueberry são alguns dos elementos que podem ajudar a combater os efeitos deste processo sobre pele. Manter a hidratação também ajuda a preservar sua função de barreira e a reduzir os danos causados pelos AGEs.

Como combater os efeitos da glicação?

Quando a prevenção não é suficiente, diversos tratamentos estéticos podem ajudar a combater os efeitos da glicação na pele. Hoje em dia, dispomos de uma série de procedimentos minimamente invasivos que, em um estágio inicial de flacidez, ajudam a reverter este processo. Conheça algumas dessas opções:

  1. Radiofrequência: este tratamento utiliza energia térmica para estimular a produção de colágeno e elastina, melhorando a firmeza da pele.
  2. Ultrassom microfocado: atua nas camadas mais profundas da pele, promovendo um efeito lifting e estimulando a produção de colágeno.
  3. Bioestimuladores de colágeno: injetáveis como o ácido poli-L-láctico ou a hidroxiapatita de cálcio estimulam a produção de colágeno novo, melhorando a qualidade e firmeza da pele.
  4. Peelings químicos: ajudam na renovação celular e podem melhorar a textura e o tom da pele afetada pela glicação.
  5. Microagulhamento: estimula a produção de colágeno através da criação de microlesões controladas na pele.
  6. Lasers: diferentes tipos de laser podem ser utilizados para melhorar a textura da pele, reduzir manchas e estimular a produção de colágeno.

O que fazer quando a glicação já deixou danos permanentes?

Em casos de danos mais severos causados pela glicação, ou seja, quando já existe uma flacidez mais significativa e o paciente apresenta muitas rugas, procedimentos cirúrgicos podem ser necessários para restaurar a firmeza e o contorno facial e corporal. As principais cirurgias indicadas incluem:

Lifting facial

Entre os procedimentos cirúrgicos mais eficazes para combater os efeitos da glicação na pele, destaca-se o lifting facial. O objetivo principal é reposicionar os tecidos que cederam com o tempo, remover o excesso de pele e, consequentemente, proporcionar um aspecto mais jovem e revigorado ao rosto.

Outro procedimento importante é a blefaroplastia, uma cirurgia focada especificamente na região dos olhos. A blefaroplastia remove o excesso de pele e bolsas de gordura das pálpebras, tanto superiores quanto inferiores. Portanto, ela promove uma redução significativa da aparência cansada e envelhecida que frequentemente se manifesta ao redor dos olhos.

Complementando o rejuvenescimento facial, temos o lifting de pescoço. Esta cirurgia é particularmente eficaz no tratamento da flacidez da região cervical, eliminando as linhas que se formam nesta região do corpo, seja com o aspecto de pneus ou as famosas bandas plastismais, que se destacam e denotam o envelhecimento.

Vale destacar que, embora tenhamos falado das cirurgias para reverter o envelhecimento do rosto, a flacidez atinge diversas outras partes do corpo. Por isso, existem também os liftings de mama, de abdômen (abdominoplastia), dos braços e coxas, entre outras regiões.

E você, já sabia que o consumo de açúcar faz mal à pele a ponto de acelerar o processo de envelhecimento? Quer saber mais sobre beleza, estética e cirurgia plástica? Então, siga nossas páginas no Instagram e Facebook para não perder os novos conteúdos.

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A Master Health, há mais de duas décadas, alia conforto, segurança e zelo no tratamento de seus pacientes. Adepta do conceito de clínica vertical, a Master dispõe de quatro andares unicamente dispostos ao atendimento, favorecendo a privacidade de cada momento da cirurgia plástica ou tratamento realizado pelo paciente.
Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP

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