A constatação pode vir após uma mamografia de rotina. O médico analisa o exame, não encontra as informações que precisa e informa sua paciente: “você possui a mama densa”.
Mas será que isso é uma doença, um problema de saúde ou uma condição que coloca a mulher em risco? O que aumenta ou reduz a densidade das mamas?
Nesse post você vai descobrir todas essas respostas. Inclusive, também vamos explicar que a densidade das mamas pode interferir até mesmo na realização de uma cirurgia plástica.
Então se você ficou curiosa ou se o seu médico já disse que você tem a mama densa, continue por aqui para entender essa condição e os cuidados que ela exige.
Índice:
O que é a mama densa?
A princípio, a constatação de que a mama é densa não traz nenhum problema à paciente. Afinal, ela significa que a mulher tem uma concentração maior de tecido glandular nos seios e menos gordura.
Como mostra a anatomia da mama, os seios são formados por diferentes tipos de tecidos, com suas características próprias. Cada um deles, por sua vez, é composto por células diversas.
Por se tratar da mama, o tecido principal é — ou deveria ser — a própria glândula mamária. Trata-se de uma estrutura complexa, com lobos, dutos lactíferos e ampolas que produzem, direcionam e armazenam leite.
Porém, a mama não se restringe à glândula ou a esse tecido fibroglandular. Ela inclui o estroma, que é um tecido conjuntivo, de sustentação, e também a gordura.
Portanto, na mulher com mama densa, existe uma proporção maior de tecido glandular. Nas mulheres com mamas pouco densas, também chamadas mamas gordurosas, a predominância é de gordura.
Qual é a classificação das mamas, de acordo com sua densidade?
Como você viu, o grau de densidade da mama depende de sua composição. A porcentagem de cada tecido leva à seguinte classificação:
- Mamas extremamente densas: mais de 75% da mama é composta pela glândula mamária, ou seja, por tecido fibroglandular;
- Densas heterogêneas: são as mamas que ainda são predominantemente compostas por tecido fibroglandular (51% a 75% de tecido mamário);
- Mamas parcialmente gordurosas: mais da metade da mama é composta por gordura, enquanto o tecido glandular varia entre 25% e 50% do seio;
- Predominantemente gordurosas: são mamas compostas por muita gordura e, no máximo, 24% de tecido fibroglandular.
É importante destacar que as mamas extremamente densas são muito mais comuns em mulheres jovens, que ainda não completaram 35 ou 40 anos, sem filhos e próximas de seu peso ideal.
À medida que os anos passam, o tecido glandular diminui. Assim, estudos mostram que, por volta dos 70 anos, apenas 36% das mulheres possuem mamas densas, com mais glândula mamária que gordura.
Como saber a densidade da mama?
No próprio consultório, durante a palpação da mama da paciente, o médico já tem uma certa ideia da densidade de suas mamas. Porém, a constatação só acontece após a mamografia.
Afinal, nesse exame, o tecido glandular aparece na imagem como estruturas brancas. Quando as mamas são densas, essas partes brancas ficam mais próximas umas das outras.
Por outro lado, o estroma e a gordura aparecem na mamografia como a parte escura da imagem. Assim, se o exame mostra os seios predominantemente escuros, a mama é pouco densa.
Inclusive, esse é o motivo pelo qual os médicos só recomendam a mamografia a partir dos 35 anos. Antes dessa idade, a mama é naturalmente mais densa.
Então, a concentração de tecido mamário impede, na maioria das vezes, a visualização de nódulos e lesões. Afinal, os nódulos e tumores também aparecem na cor branca e não é possível distingui-los do tecido mamário.
Isso não significa que a densidade da mama é um problema, pois nessa idade isso é perfeitamente normal.
No entanto, algumas mulheres continuam com as mamas densas também após os 35 ou 40 anos. Embora isso não seja uma doença, demanda alguns cuidados, como você verá no próximo tópico.
Mamas densas são um problema?
Não, as mamas densas não são um problema e nem uma doença. Aliás, como já falamos, trata-se de uma condição perfeitamente normal em mulheres jovens.
O principal cuidado em relação às mamas densas é o fato de que elas dificultam a detecção precoce do câncer de mama por meio da mamografia.
Portanto, quando o médico percebe que sua paciente tem as mamas densas, ele precisa pedir outros exames de imagem além da mamografia. O mais comum é a ultrassonografia de mamas.
Existe ainda outro alerta importante. Estudos mostram que mulheres com mamas densas têm, realmente, uma possibilidade maior de desenvolver câncer de mama.
Até o momento, não existem estudos que mostram que a mama densa contribui para a formação de tumores.
Eles apenas revelam que, devido a essa dificuldade de enxergar os nódulos em exames de imagem, muitas vezes a paciente só descobre o câncer quando ele já está em um estágio um pouco mais avançado.
Então, mais uma vez, caso você descubra que suas mamas são densas, vá ao médico com frequência e realize os exames de rotina que ele determinar. Mamografia e principalmente ultrassom das mamas são fundamentais.
Por que as mamas perdem densidade?
A perda de densidade das mamas é um processo decorrente do envelhecimento. Assim, à medida que os anos passam, a glândula se torna mais atrofiada, reduzindo seu volume.
Porém, outros fatores interferem nessa perda de densidade. A própria genética é um critério importante. Desde novas, algumas meninas já têm as mamas mais densas que outras. A diferença se acentua com o tempo.
Além da genética, uso de certos medicamentos ou hormônios e principalmente as gestações aceleram a perda de densidade mamária.
Qual é a principal característica de uma mama densa?
O tecido glandular é mais firme que o estroma e a gordura. Portanto, mulheres com mamas mais densas tendem a ter os seios consistentes, especialmente diante da palpação.
Isso não significa que a mulher com mama densa não possa ter flacidez nos seios. Afinal, esse problema é causado pelo excesso de pele e não pelas características do conteúdo do seio.
Porém, quando a própria mulher apalpa suas mamas ou o parceiro a aperta, ainda assim é possível perceber um volume mais firme sob a pele.
À medida que os anos passam, essa situação muda, pois o tecido adiposo (gordura) se torna predominante. Assim, o preenchimento do seio fica mais mole.
Como a densidade da mama interfere na cirurgia plástica?
Este é um ponto muito interessante, pois a densidade da mama interfere até na escolha do tipo de mamoplastia que a paciente precisa realizar. Quer entender melhor? Veja os tópicos a seguir!
Mamoplastia redutora na mama densa
Muitas mulheres chegam ao consultório médico com o desejo de reduzir as mamas. Afinal, elas reclamam do volume exagerado, da dificuldade para encontrar roupas e das dores nas costas.
Quando a mulher tem as mamas densas, basta fazer uma mamoplastia redutora para solucionar o problema.
Nesta cirurgia, o médico retira tecidos como a gordura, o excesso de pele e até mesmo parte da glândula mamária. Assim, o seio fica em um tamanho ideal, proporcional ao corpo da paciente.
Além disso, o fato de a paciente ter uma quantidade adequada de tecido mamário permite que o cirurgião modele a mama perfeitamente.
Mamoplastia redutora com baixa densidade mamária
Imagine uma situação parecida com a anterior. A mulher chega ao consultório se queixando do tamanho exagerado das mamas, querendo reduzi-las.
Porém, em vez de o médico dizer que vai retirar parte do tecido, ele informa à paciente que ela precisará colocar uma prótese de silicone. Como você pode imaginar, a princípio essa informação causa confusão.
Isso acontece porque, ao examinar a paciente, o médico percebe que ela não tem as mamas densas. Assim, quando ele retirar a gordura e parte do estroma, não haverá uma quantidade suficiente de glândula mamária.
Portanto, se o médico simplesmente retirar esses tecidos, ele não terá um tecido de boa qualidade para modelar a mama. Ela ficaria mole e em um formato não adequado.
Por isso, quando a mulher tem uma baixa densidade mamária, o médico precisa realizar uma mamoplastia redutora com prótese.
Nesta cirurgia, ele retira a gordura e o excesso de pele, mas precisa do implante para criar uma nova mama, porém agora com o tamanho proporcional ao corpo da paciente.
Mastopexia com ou sem prótese
Uma situação semelhante acontece com pacientes com flacidez nos seios, uma condição conhecida como ptose mamária. Só existe uma forma de solucionar o problema: a retirada do excesso de pele.
A cirurgia plástica que corrige a flacidez eliminando o excesso de pele é a mastopexia, também conhecida como lifting de mamas. Mais uma vez, a densidade mamária interfere no planejamento desse procedimento.
Quando a mama é densa, o médico só precisa retirar o excesso de pele e modelar a mama. Isso é suficiente para deixar o seio firme novamente.
Porém, quando a densidade mamária é baixa, a paciente não tem tecido suficiente para modelar o seio e o médico precisa colocar um implante de silicone. Trata-se da mastopexia com prótese.
Agora você já sabe o que é a mama densa e como ela interfere até mesmo na escolha da cirurgia plástica dos seios.
Ficou com dúvidas? Então deixe sua pergunta nos comentários e nossa equipe terá o prazer de responder!
A Master Health, há mais de duas décadas, alia conforto, segurança e zelo no tratamento de seus pacientes. Adepta do conceito de clínica vertical, a Master dispõe de quatro andares unicamente dispostos ao atendimento, favorecendo a privacidade de cada momento da cirurgia plástica ou tratamento realizado pelo paciente.
Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP
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