Seroma: o que é, como evitar e tratar após uma cirurgia


É impressionante como nosso corpo está plenamente preparado para nos defender. Assim, tanto em um ferimento acidental quanto em uma cirurgia, que é totalmente controlada, ele coloca em ação mecanismos para se restaurar. Um desses mecanismos é o seroma.

Mas você sabe o que é o seroma, por que ele surge após as cirurgias e se é possível evitá-lo? Se você também tem essas dúvidas, continue a leitura! Nós trouxemos todas as respostas.

O que é o seroma?

Seroma é uma condição muito comum após diversas cirurgias. Trata-se de um acúmulo de líquidos entre dois tecidos que foram descolados um do outro durante um procedimento cirúrgico.

Por que o seroma acontece?

Sempre que uma parte do organismo é lesada, intencionalmente ou não, o corpo desencadeia uma série de mecanismos tanto para defesa quanto para recuperação dos tecidos.

Um desses mecanismos é o extravasamento de plasma sanguíneo ou linfa, que é o líquido que circula nos vasos linfáticos e contribui para eliminação de toxinas, entre outras funções.

Portanto, os vasos que carregam o sangue e a linfa e que normalmente seguram esses líquidos em seu interior se tornam temporariamente permeáveis (permitem a passagem de líquido).

Vale a pena lembrar que o seroma é uma manifestação de um processo inflamatório do organismo. Isso significa que ele faz parte de um conjunto de reações para recuperar o tecido e solucionar o problema. Por isso, ele é comum nas primeiras semanas de pós-operatório.

Quais são as situações que levam ao acúmulo de líquidos?

Não são apenas as cirurgias que causam acúmulo de líquido. Quando usamos um sapato apertado, por exemplo, que fica em atrito com a região do tendão, o organismo produz esse líquido como uma forma de proteção.

Em uma cirurgia, acontece um processo semelhante. Então, quando o procedimento exige o descolamento de grandes porções de tecido, o corpo produz seroma.

Então, no universo da cirurgia plástica, alguns procedimentos têm chances maiores de desenvolvimento de seroma. Alguns exemplos são colocação de silicone (nas mamas, nas nádegas), lipoaspiração, abdominoplastias ou outras mamoplastias (de redução, lifting etc).

Porém, outros procedimentos que não estão relacionados à cirurgia plástica também podem causar seroma. Afinal, a principal condição que desencadeia essa reação é o descolamento de tecidos, especialmente entre pele e gordura. A manipulação de canais linfáticos é outra situação que aumenta as chances de um seroma.

O que acontece após a formação do seroma?

Quando o seroma se forma, a área da cicatriz, que é onde o líquido se acumula, fica inchada, abaulada. Também é comum as pessoas relatarem uma sensação de cicatriz “flutuante” e dor no local.

A partir da formação do seroma, o organismo pode reagir de formas diferentes, o que exigirá determinadas ações do médico e do paciente. Veja quais são as possibilidades.

1. Reabsorção do líquido

A primeira reação possível é a absorção. Portanto, o próprio corpo reabsorve esse líquido, reduzindo gradualmente o inchaço e sem causar nenhum tipo de complicação. Esse processo costuma levar entre 10 e 21 dias.

2. Vazamento do líquido

Nem sempre o corpo reabsorve o seroma, mas em vários casos ele extravasa esse líquido. Assim, o paciente verá um líquido claro ou esbranquiçado saindo pela cicatriz.

3. Encapsulamento do seroma

Se o corpo não reabsorver o seroma e ele não for extravasado, ele pode endurecer por trás da pele. Nesse caso, se torna um seroma encapsulado, que prejudica a aparência da cicatriz.

Mas calma! Estamos falando sobre as possíveis reações do corpo ao seroma. Porém, mesmo que o corpo não o absorva ou extravase, o médico pode intervir para retirar o líquido. Vamos explicar mais à frente.

4. Infecção

Não é comum, mas o seroma pode infeccionar. Nesses casos, o paciente sentirá outros sintomas como dor, vermelhidão e até mesmo febre. Um odor característico também revela a complicação.

A partir da infecção, o seroma forma um abcesso na cicatriz, ou seja, uma bolha de pus. Nesses casos, o tratamento deve incluir antibióticos, além de outros procedimentos médicos.

Como evitar o seroma?

Algumas técnicas cirúrgicas reduzem as chances de seroma. Entre elas, está o uso de pontos de fixação do retalho dermogorduroso. Essa técnica visa reduzir o chamado espaço morto (descolado) entre os tecidos, minimizando as chances de uma complicação.

Além disso, existem medidas durante a cirurgia e pós-cirúrgicas que evitam o desenvolvimento esse problema:

Drenos pós-cirúrgicos

Em diversas cirurgias, o médico coloca drenos no corpo do paciente a fim de evitar o acúmulo de líquido. Assim, mesmo que o corpo permita que a linfa e o plasma extravasem, eles serão direcionados para fora do organismo.

O dreno é retirado depois de alguns dias, conforme a quantidade de líquido coletada diminui. Assim que o médico percebe que a liberação de líquido é pequena demais para gerar complicações, ele retira esse objeto.

Cintas compressivas

As cintas compressivas auxiliam muito na prevenção do seroma. Em primeiro lugar, elas comprimem os tecidos e, dessa forma, não deixam espaço para o acúmulo do líquido embaixo da pele.

Além disso, elas mantêm a região operada estabilizada e os tecidos que precisam colar novamente em contato um com o outro. Portanto, elas aceleram a aderência e o processo de cicatrização.

Drenagem linfática

A drenagem linfática utiliza um conjunto de manobras que estimulam o organismo a eliminar o líquido. Portanto, além de reduzir o inchaço e prevenir fibromas no pós-operatório, ela é uma grande aliada para evitar o seroma.

Como tratar o seroma?

Porém, se o seroma já apareceu, é preciso tratá-lo. O acompanhamento é essencial para evitar infeções ou o encapsulamento do líquido. Então, o que fazer?

Converse com seu médico

O seroma surge em um período do pós-operatório em que o paciente ainda faz um acompanhamento muito frequente com o cirurgião. Portanto, é fundamental voltar ao consultório e, mesmo se não for o dia do seu retorno, conversar com o médico diante de sintomas.

O médico avaliará sua condição e acompanhará os passos seguintes, de acordo com a evolução do seu quadro. Afinal, como você viu, existem grandes chances de o seroma regredir naturalmente, seja por absorção ou por extravazamento.

Faça o tratamento de acordo com o grau do problema

Dependendo da gravidade, o médico irá propor diferentes formas para tratar o seroma. Em alguns casos, é preciso colocar o dreno. Em outros, o cirurgião retira o líquido por meio de uma agulha e seringa, em um procedimento de punção.

Quando existem sinais de infecção ― pus, cheiro desagradável, coloração anormal, dor e febre ― o tratamento exigirá o uso de antibióticos. Sempre tome os remédios de acordo com a prescrição médica.

Em caso de encapsulamento do seroma, o tratamento precisará ser mais intenso. Primeiro, o médico pode pedir um exame, como a ultrassonografia, para confirmar esse diagnóstico e diferenciar o seroma do processo de formação de fibrose.

Confirmado o diagnóstico, um dos tratamentos mais comuns para o seroma encapsulado é a aplicação de corticoide. No entanto, ele pode prejudicar a qualidade e a aparência da cicatriz.

Outra alternativa para eliminar o seroma encapsulado é a ultracavitação. Esse ultrassom de alta potência atinge a região que precisa ser tratada e estimula a eliminação dos líquidos.

Enfim, se nenhum desses tratamentos produzir o resultado desejado, a cirurgia é o único método que permite retirar o seroma encapsulado mais extenso ou profundo. Porém, esses casos são bastante raros e a chance de ter esse grau de complicação é bem pequena.

Ficou com alguma dúvida sobre o seroma? Deixe sua pergunta nos comentários e nossa equipe terá prazer em responder!

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Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP


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