Peeling de cróton: vale a pena fazer para rejuvenescer?


Embora não seja muito conhecido, o peeling de cróton é oferecido como uma alternativa a outro tratamento para rejuvenescimento bastante agressivo — o peeling de fenol. Porém, será que este procedimento é realmente seguro? Vale a pena fazê-lo para rejuvenescer?

Essas perguntas se tornam ainda mais relevantes depois que, no mês de junho de 2024, alguns casos viraram notícia devido a complicações sérias decorrentes de procedimentos como esses. Inclusive, infelizmente, tivemos notificações de fatalidades.

Então, se você quer entender que procedimentos são esses, quais as diferenças entre eles e, principalmente, que cuidados tomar antes de tomar uma decisão, não perca este artigo. Vamos explicar tudo que você precisa saber sobre o peeling de cróton e de fenol.

O que é o peeling de cróton?

O peeling de cróton é um procedimento dermatológico agressivo, que utiliza ácido crotônico para tratar alguns problemas de pele. Entre eles, podemos citar rugas profundas, cicatrizes de acne, manchas solares e hiperpigmentação.

Este tipo de peeling promove uma esfoliação profunda, removendo as camadas superficiais e médias da pele danificada. A substância provoca lesões significativas. Assim, a pele antiga se descola, formando crostas grossas que secam até estarem prontas para serem eliminadas, ao mesmo tempo que protegem os tecidos subjacentes.

Durante o período de recuperação, sob essas crostas, se forma uma nova pele, realmente muito mais jovem e sem as cicatrizes, rugas e manchas da superfície anterior. Ocorre, de fato, uma regeneração que leva à renovação da textura e tonalidade do tecido cutâneo.

Porém, apesar de proporcionar uma melhora substancial na aparência da pele, trata-se de um procedimento polêmico, que muitos profissionais se recusam a realizar. O motivo para isso você conhecerá ao longo deste artigo.

Como é feito o peeling de cróton?

O procedimento do peeling de cróton começa com uma limpeza completa da pele para remover impurezas e preparar a área a ser tratada. O profissional costuma aplicar, também, um anestésico local que minimiza o desconforto durante o procedimento.

Então, o dermatologista aplica cuidadosamente o ácido crotônico na pele do paciente, controlando a quantidade e a área de aplicação para garantir uma reação adequada aos resultados que aquele indivíduo precisa.

O ácido age nas camadas superficiais e médias da pele, provocando uma descamação que costuma durar entre uma semana e dez dias. No entanto, não é incomum pacientes relatarem uma duração maior desta etapa da recuperação.

Durante este período, a pele apresenta vermelhidão, inchaço e formação de crostas. Embora extremamente incômodos, esses sinais mostram que o corpo está eliminando a pele antiga e produzindo um novo tecido sob essas camadas superficiais e médias.

Por que existem pacientes que optam pelo peeling de cróton?

O peeling de cróton atrai muitos pacientes por sua capacidade de tratar rugas profundas e cicatrizes. Portanto, ele realmente promove uma melhora duradoura na aparência da pele. Além disso, o procedimento estimula a produção de colágeno, melhorando a elasticidade e firmeza da pele, o que resulta em uma aparência mais jovem e saudável.

Outro benefício é a melhoria na tonalidade da pele, pois o peeling ajuda a reduzir manchas solares e hiperpigmentação, deixando a pele mais uniforme. Ao mesmo tempo, este procedimento não exige a realização de incisões, o que faz muitas pessoas o considerarem menos invasivo que uma cirurgia plástica.

Como cuidar da pele após o peeling?

O pós-operatório do peeling de cróton exige cuidados rigorosos para garantir uma recuperação adequada e maximizar os resultados. Então, durante o período de descamação, é essencial evitar a exposição ao sol para prevenir complicações e proteger a pele nova.

O paciente precisará utilizar protetor solar com alto fator de proteção sempre que a pele estiver exposta à luz. Além disso, o médico recomendará hidratantes e produtos específicos para auxiliar na cicatrização e aliviar o desconforto.

Manter a pele hidratada ajuda a minimizar a sensação de ressecamento, além de facilitar o processo de descamação e favorecer a regeneração da pele. É importante seguir todas as orientações do dermatologista e comparecer às consultas de acompanhamento para monitorar a recuperação e resolver qualquer problema que possa surgir.

Qual é a diferença entre este peeling e o de fenol?

O peeling de cróton utiliza ácido crotônico, enquanto o peeling de fenol usa ácido fenólico. Embora ambos sejam peelings profundos, o peeling de fenol é conhecido por ser mais intenso e pode exigir um tempo de recuperação mais longo.

Além disso, o peeling de fenol é geralmente considerado mais agressivo e pode ter mais riscos e efeitos colaterais, como a possibilidade de toxicidade sistêmica e consequente arritmia e intercorrências relacionadas ao coração. Portanto, sua aplicação exige monitoramento cuidadoso, com acompanhamento de sinais como batimentos cardíacos, saturação, entre outros indicadores.

Quais são as desvantagens do peeling profundo?

As desvantagens que mencionaremos não dizem respeito apenas ao peeling de cróton, mas a peelings profundos, de forma geral:

Intensidade e desconforto

Uma das principais críticas ao peeling de cróton e outros peelings profundos é a intensidade do procedimento. O ácido crotônico provoca uma esfoliação profunda que pode resultar em um desconforto considerável durante e após o tratamento.

Por isso, mesmo com o uso de anestésico local, alguns pacientes relatam dor, queimação e uma sensação de ardência. Esse desconforto pode persistir durante a fase de recuperação, que geralmente dura de uma semana a dez dias.

Tempo de recuperação

O tempo de recuperação de um peeling profundo é outra preocupação. Afinal, a descamação profunda da pele resulta em vermelhidão, inchaço e formação de crostas, que podem durar vários dias. Durante esse período, a aparência da pele pode ser alarmante e pouco estética, o que limita a socialização e as atividades diárias dos pacientes.

Riscos de complicações

Como qualquer procedimento estético, o peeling de cróton não está isento de riscos. Assim, algumas complicações potenciais incluem infecções, cicatrizes e hiperpigmentação pós-inflamatória. Portanto, a pessoa pode ter efeitos indesejados, com marcas posteriores ao tratamento.

A aplicação inadequada de ácidos utilizados nesses peelings ou a não observância dos cuidados pós-operatórios pode aumentar esses riscos. Portanto, é essencial buscar um profissional qualificado para realizar o procedimento.

Esta também é uma questão polêmica, visto que o Conselho Federal de Medicina e a Sociedade Brasileira de Dermatologia determinam que apenas médicos com especialização em Dermatologia estão aptos a realizar o procedimento. Afinal, eles teriam tanto o conhecimento técnico referente à aplicação quanto a capacitação para lidar com possíveis intercorrências.

No entanto, também existem resoluções do Conselho Federal de Farmácia e do Conselho Federal de Biomedicina que autorizam esses profissionais a realizarem certos procedimentos estéticos, inclusive peelings químicos. Portanto, embora não haja um consenso referente ao tema, é importante que você saiba de todas essas resoluções para tomar uma decisão consciente.

Indicação restrita

O peeling de cróton não é adequado para todos os tipos de pele. Afinal, pessoas com pele muito sensível, condições dermatológicas específicas ou tendências a cicatrizes queloides podem não ser boas candidatas para este procedimento.

Além disso, o procedimento não é indicado para pessoas com peles escuras ou pretas. Esses pacientes correm maior risco de desenvolver hiperpigmentação pós-inflamatória, o que limita ainda mais o grupo de pacientes que podem se beneficiar deste tratamento.

Custo

O custo do peeling de cróton é outro fator que pode ser uma desvantagem para alguns pacientes. Devido à complexidade e intensidade do procedimento, os preços podem ser elevados. O próprio local precisa ter uma série de equipamentos que monitoram os pacientes e muitos profissionais de renome somente o realizam com a participação de um anestesiologista.

Vale a pena fazer um peeling profundo?

Somente um profissional qualificado pode prescrever um tratamento adequado às suas necessidades. No entanto, é importante que você saiba que muitos dermatologistas sequer trabalham com peelings como o de fenol ou de cróton, pois consideram essas opções extremamente agressiva.

A reação inflamatória após peelings profundos gera, de acordo com a sensibilidade da pele, manchas e cicatrizes. Assim, o paciente pode optar pelo procedimento para resolver o problema das rugas e terminar o período de recuperação com outros incômodos estéticos.

Alguns profissionais tentam outras alternativas antes de chegarem à indicação de qualquer peeling profundo. Dependendo do grau de comprometimento das cicatrizes de acne, por exemplo, é possível deixar a pele mais uniforme com lasers.

Já para o envelhecimento, pode ser interessante recorrer à própria cirurgia plástica. Afinal, além de remover excessos de pele, um lifting não trata apenas a superfície do rosto. Ele reposiciona músculos subjacentes, revertendo efeitos do tempo também na estrutura da face, gerando resultados mais duradouros e com menos riscos.

Pode parecer, em um primeiro momento, que a cirurgia plástica é mais invasiva. Porém, considerando uma série de aspectos e possíveis riscos após o procedimento, ela costuma ser a alternativa mais segura e eficaz para o rejuvenescimento.

Antes da conclusão, um alerta:

O peeling tradicional de fenol também contém óleo de cróton em sua fórmula. Portanto, cuidado para não se confundir e, ao ouvir a palavra “cróton”, não perceber que, na verdade, está contratando a realização de um peeling de fenol.

E então, você já conhecia o peeling de cróton? Pensou, em algum momento, em fazer um tratamento tão agressivo para tratar rugas ou marcas de acne? Quer obter outras informações sobre esse tipo de procedimento? Acompanhe nossos perfis no Instagram e Facebook para não perder nenhuma novidade!

A Master Health, há mais de duas décadas, alia conforto, segurança e zelo no tratamento de seus pacientes. Adepta do conceito de clínica vertical, a Master dispõe de quatro andares unicamente dispostos ao atendimento, favorecendo a privacidade de cada momento da cirurgia plástica ou tratamento realizado pelo paciente.
Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP


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