Vale a pena aplicar silicone líquido?


Imagine que você está pesquisando sobre a possibilidade de colocar próteses. Então, surge a oferta sedutora de aumentar a região do corpo que você tanto sonha com uma alternativa mais barata, rápida, sem pós-operatório. Você se sentiria tentada a dar uma chance para esse procedimento? É assim que muitas pessoas caem na cilada do silicone líquido.

Quando se fala em silicone líquido, tudo o que parece maravilhoso e vantajoso a princípio se transforma em um grande pesadelo. Por isso, não pule este artigo. Vamos desvendar uma série de fatos sobre este procedimento e ajudar você a se livrar de uma grande armadilha. Continue a leitura!

O silicone líquido é igual ao da prótese?

Definitivamente, não! O silicone líquido é uma substância de uso industrial, muito utilizado tanto para a limpeza (isso mesmo, limpeza!) de peças, para lubrificar superfícies em constante atrito e também para fabricar produtos, inclusive na área de cosmética.

Além disso, o silicone também tem um alto poder de vedação e impermeabilização. Portanto, ele pode ser utilizado para impedir riscos em pisos nas obras, no segmento da construção civil, para vedar juntas de motores e escapamentos, para proteger componentes sensíveis de aparelhos eletrônicos e assim por diante.

Lendo isso, é possível que você esteja pensando: “podemos injetar um produto tão utilizado pela indústria, com finalidades tão distintas, em nosso corpo”? A resposta é, realmente, um sonoro “não”. No entanto, existem pessoas que oferecem procedimentos “alternativos” à prótese de silicone e, infelizmente, muitos pacientes caem nesta cilada.

Quando se trata do nosso corpo, o único uso possível do silicone líquido (também chamado de silicone industrial) é a fabricação de cosméticos como shampoos, condicionadores, máscaras para cabelo, protetores de pontas… Em resumo, ele pode fazer parte da fórmula de alguns produtos de uso externo.

Porém, quando a aplicação ocorre internamente, o silicone líquido representa um grande perigo para o organismo. A seguir, você vai descobrir tudo sobre esse risco e por que não embarcar em promessas milagrosas.

O que o silicone líquido causa no organismo?

A aplicação de silicone líquido para substituir próteses de silicone recebe o nome de bioplastia. Existem diversos tipos de bioplastia: com silicone, com hidrogel e PMMA (polimetilmetacrilato), uma espécie de acrílico.

Neste post, vamos explicar detalhadamente quais são os riscos da bioplastia com silicone líquido. Afinal, o que acontece quando uma pessoa aplica esse tipo de produto para aumentar os seios, o bumbum, para preencher os lábios ou qualquer outra finalidade estética?

Selecionamos, nos próximos tópicos, as principais complicações decorrentes da aplicação de silicone líquido:

Espalhamento do silicone pelo corpo

Quando um paciente coloca prótese nos seios, nos glúteos, na panturrilha ou em qualquer outra parte do corpo, não existe risco de o silicone vazar. Afinal, o revestimento do implante possui camadas altamente resistentes, que suportam até mesmo uma grande pressão.

O silicone líquido não é assim. Sua injeção diretamente no seio ou na parte do corpo que a pessoa deseja aumentar. Como não existe um revestimento, ele migra livremente para outras regiões. Portanto, a área da aplicação não fica com o volume desejado e esta substância ainda cria nódulos em diversos locais.

Então, como você pode ver, o silicone líquido já não passa no teste do resultado estético. O volume pode até ficar perfeito no dia, mas ao longo do tempo, ele se dispersa e essa realidade se torna completamente diferente.

Processos inflamatórios

Logo após a injeção de silicone sob a pele ou entre os músculos, o corpo inicia um processo inflamatório. Essa reação ocorre sempre que um elemento estranho penetra no organismo ou em resposta a um corte, lesão, invasão de microorganismos ou entrada de uma substância que ele não reconhece.

O silicone líquido, que é completamente diferente do gel utilizado na prótese, é extremamente agressivo para o corpo. Portanto, ele inicia uma inflamação que persiste e se intensifica ao longo das semanas, meses e anos. Em algumas áreas, essa inflamação se torna extremamente severa.

Assim, pessoas que optam por aumentar seios, glúteos e outras regiões do corpo com o silicone industrial começam a desenvolver abscessos, fístulas e granulomas. Essas complicações, além de incharem e deformarem o local, são dolorosas. O abscesso, por exemplo, acumula até mesmo pus.

A inflamação pode se tornar aguda em momentos específicos. Isso causa inchaços significativos. Já os granulomas são uma concentração de células imunológicas de tamanho maior que o normal que o corpo envia para esta região na tentativa de expulsar o agente invasor. Como o organismo não consegue se livrar do silicone líquido, isso deforma a região.

Surgimento de siliconomas

O siliconoma é um termo mais comum, simples e até mesmo popular que, na verdade, se refere a uma complicação chamada lipogranulomatose esclerosante.

Nós já vimos que, quando uma substância estranha entra no organismo, o sistema imunológico tenta eliminá-lo. Se ele não consegue, ele tenta outra estratégia: formar uma camada de tecido cicatricial em volta desses invasores para isolá-los das nossas outras células.

Agora, imagine que o nosso organismo tenta encapsular cada grupo de bolsas de silicone que se espalham pelo corpo. Isso significa que ele vai formar muitas cápsulas, que se transformarão em nódulos e deformarão toda aquela região, tornando-a completamente irregular, ondulada.

Como se isso não bastasse, o siliconoma causa inflamação, alterações na cor e textura da pele, ulcerações, formação de abcessos e fístulas, deformidades cicatriciais. Nos casos mais graves, o siliconoma causa a morte dos tecidos que ele afeta.

Quando um tecido do nosso corpo morre (necrose), os médicos não têm outra alternativa: eles precisam retirar cirurgicamente todo o tecido afetado e até um pouco mais, uma espécie de margem de segurança.

Portanto, a pessoa que fez a bioplastia com silicone tinha o desejo de aumentar o bumbum, por exemplo. Porém, em vez do resultado sonhado, ela pode ficar com uma verdadeira depressão neste local devido à necessidade de retirar o tecido necrosado. Você acha que vale a pena correr esse risco?

Impossibilidade de explante

Talvez você esteja imaginando: “posso colocar o silicone líquido, que é mais barato que a prótese. Se algo der errado, eu faço uma cirurgia e retiro”. Porém, isso não é possível. Como o silicone se espalha não só no local da aplicação, é impossível abrir esta região e simplesmente realizar o explante.

Muitas pessoas que realizam a bioplastia procuram o sistema de saúde para o explante. No entanto, essa cirurgia não existe. Devido às complicações, elas convivem com todos esses efeitos adversos diariamente ou precisam retirar os tecidos do corpo (seios, bumbum etc).

A vida de quem opta por viver com o silicone líquido não é nada fácil. Essas pessoas se tornam dependentes de anti-inflamatórios, corticoides e antibióticos. Por utilizá-los de forma contínua, isso traz uma série de prejuízos à saúde.

Risco de morte

A bioplastia é um procedimento que envolve risco de morte. Existem pacientes que passam mal logo após o procedimento. Elas apresentam febre, dificuldades respiratórias e muita dor. Se não forem socorridas a tempo, as chances de óbito são enormes. Mesmo diante do socorro, nem sempre é possível reverter o quadro.

Este perigo é ainda maior quando o “profissional” aplica o silicone em áreas muito vascularizadas, como os músculos dos glúteos, das coxas ou mesmo nos seios. A entrada dessa substância, mesmo que acidental, em veias e artérias, pode causar embolia pulmonar, necrose e óbito.

Outras vezes, esse risco se apresenta de forma tardia. Lembra que falamos que o silicone líquido pode causar a necrose dos tecidos? A necrose é uma condição muito séria, pois pode ser a origem de infecções graves, septicemia (reação extrema do organismo a infecções), amputações e morte.

Se o silicone líquido é perigoso, por que é permitido?

A grande questão é que o silicone líquido simplesmente não é permitido. Os “profissionais” que realizam este procedimento o fazem de maneira completamente irregular, transgredindo a lei, de forma clandestina e contrariando todas as recomendações e normas da Anvisa.

Inclusive, isso é mais um risco decorrente da bioplastia. Como ela não é permitida, às clínicas clandestinas não se adaptam a padrões de segurança. Consequentemente, o paciente fica ainda mais exposto a perigos. Não é incomum o procedimento ser realizado na casa do paciente ou do “profissional”.

No passado, existia a possibilidade de aplicar silicone líquido no corpo. Nos Estados Unidos, na década de 1950, ele era a modinha do momento. Porém, à medida que os anos passavam, surgiam casos e mais casos mostrando que não se tratava de uma alternativa segura para os pacientes.

Os inúmeros casos levaram o Food and Drug Administration (FDA) americano — uma agência semelhante à Anvisa, no Brasil e que regula procedimentos relacionados à saúde — a proibirem o uso do silicone líquido em procedimentos estéticos ou sua aplicação interna.

No Brasil, esta prática também é proibida. Portanto, de acordo com o Código Penal Brasileiro, trata-se de um crime contra a saúde pública.

Agora você já entendeu quais são os riscos de tentar usar o silicone líquido para finalidades estéticas. Quer saber mais sobre a única cirurgia que realmente dá volume aos seios, bumbum e outras regiões do corpo de forma segura e definitiva?

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A Master Health, há mais de duas décadas, alia conforto, segurança e zelo no tratamento de seus pacientes. Adepta do conceito de clínica vertical, a Master dispõe de quatro andares unicamente dispostos ao atendimento, favorecendo a privacidade de cada momento da cirurgia plástica ou tratamento realizado pelo paciente.
Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP


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