Prótese texturizada: saiba toda a verdade sobre ela


Por que, há alguns anos, praticamente todas as mulheres colocam prótese texturizada? Talvez você também já tenha feito esta pergunta. Diferentemente de outras escolhas, como o tamanho e o perfil do silicone, esta não é uma questão meramente estética. Por isso, neste post, vamos tratar deste assunto.

Quer saber por que a prótese texturizada é a mais utilizada hoje em dia? Quer entender como ela pode evitar que você precise realizar uma nova cirurgia plástica? Então, continue a leitura!

Qual é a diferença entre prótese texturizada e as outras?

A diferença entre a prótese texturizada e as outras que existem no mercado é sua superfície. Afinal, neste tipo de implante mamário, a concha que reveste o gel de silicone é moldada para ser suavemente áspera, com ranhuras leves.

É válido destacar que, em todos os outros aspectos, a prótese texturizada é exatamente igual a muitas outras: ela é preenchida com um gel de silicone ultra coesivo, sua forma e perfil variam para se adaptar aos diferentes tipos de corpos etc.

No entanto, ao realizar uma série de pesquisas com o objetivo de evitar a rejeição e ruptura da prótese, os fabricantes desenvolveram esse revestimento áspero. Você entenderá como isso interfere no pós-operatório tardio nos próximos tópicos.

Por que os fabricantes desenvolveram a prótese texturizada?

Assim que as próteses mamárias foram desenvolvidas, elas começaram a fazer muito sucesso entre as mulheres que se incomodavam com o próprio corpo por terem seios pequenos, desproporcionais às suas formas.

Para algumas mulheres, a prótese se tornou um sonho inacessível. No entanto, para outras, a cirurgia se tornou uma realidade que, a princípio, era maravilhosa. Porém, após alguns anos, geralmente no pós-operatório tardio, alguns problemas começavam a acontecer.

Naquela época, os casos de contratura capsular eram bastante comuns. Portanto, ao longo dos anos, o corpo formava uma camada de tecido fibroso cada vez mais rígido em torno da prótese. As mamas ficavam endurecidas, podiam apresentar assimetrias, dores e, com uma certa frequência, precisavam ser trocadas ou retiradas.

O índice de rejeição das próteses era relativamente alto. Até mesmo quando não acontecia uma rejeição, propriamente dita, os médicos recomendavam a substituição da prótese após um período de 10 anos, na maioria das vezes.

Então, as pacientes sabiam que, ao colocar a prótese, ela tinha um “prazo de validade“. Após esse período, precisariam de uma nova cirurgia, um novo período de recuperação, e assim por diante.

Isso desestimulava mulheres a realizarem seu sonho, além de fazer com que a experiência das pacientes com a prótese de silicone nem sempre fosse agradável. Diante disso, os fabricantes investiram em pesquisas para solucionar este problema.

Assim, eles utilizaram conhecimentos das áreas de anatomia, fisiologia, física e biomecânica para desenvolver um novo produto — a prótese texturizada.

Como a prótese texturizada funciona?

Como este é um assunto bastante técnico, tentaremos falar dele de forma didática. Por isso, haverá uma simplificação dos termos e processos, que são muito mais complexos no âmbito da Física. Porém, acreditamos que essa simplificação é essencial para a compreensão.

Antes da prótese texturizada, os fabricantes produziam próteses com superfície completamente lisa. Então, nas pesquisas, eles descobriram que esta superfície lisa facilita o depósito de fibras, principalmente de colágeno, colocando essas fibras em um mesmo plano.

Por estarem em um mesmo plano, essas fibras exercem uma força em direção ao centro do implante, que passa a ser pressionado por esta cápsula. Então, a combinação entre superfície lisa e conteúdo mole (gel de silicone não tão espesso), facilitavam o processo de rejeição da prótese.

Com este conhecimento, os fabricantes desenvolveram novas técnicas e produção de implantes. Em primeiro lugar, eles tornaram o conteúdo mais firme, denso, para resistir à força desta cápsula fibrosa. Por isso, hoje, as próteses são feitas com gel de silicone de alta coesividade.

Além disso, o revestimento da prótese se tornou rugoso. Quando as fibras se depositam em uma superfície áspera, elas não conseguem se sobrepor em um mesmo plano. Assim, elas não exercem a mesma pressão na direção do implante, evitando a contratura capsular.

Quais são as vantagens da prótese texturizada?

A prótese texturizada apresenta uma série de vantagens em comparação aos outros tipos de próteses de silicone. Algumas delas incluem:

Redução dos casos de contratura capsular

Desde que os médicos passaram a utilizar próteses texturizadas, houve uma redução realmente significativa de casos de contratura capsular. Portanto, a necessidade de remoção ou substituição do implante mamário diminuiu muito.

Isso ocorre devido ao processo que explicamos no tópico anterior: sem uma superfície lisa, as fibras não conseguem se sobrepor em um único plano e a força que elas exercem sobre a prótese se dispersa. Assim, temos uma grande colaboração da Ciência para a área de estética.

Facilidade na aderência aos tecidos da mama

A prótese texturizada facilita a aderência entre os tecidos da mama e a superfície do implante. Assim, ela se fixa mais rapidamente no local em que o médico a coloca, evitando que ela gire ou saia da posição correta (deslocamento ou rotação).

Excelente custo benefício

A prótese texturizada reduz muito as chances de uma contratura capsular e não representa um grande aumento de custo. Portanto, ela proporciona os mesmos benefícios da prótese de poliuretano, que você conhecerá no próximo tópico, sem que isso signifique um aumento significativo no preço da cirurgia.

Quais são os outros tipos próteses de silicone?

A pergunta a respeito dos tipos de próteses é muito ampla e, por isso, pode ter respostas bem diferentes. Podemos falar de classificações diferentes conforme o formato, o perfil, o tamanho e até mesmo o preenchimento, que pode ser feito com silicone (o mais comum) ou também com solução salina, semelhante a um soro fisiológico.

Porém, como estamos falando de prótese texturizada, falaremos sobre os tipos de implantes de acordo com seu revestimento:

Prótese de silicone lisa

As próteses lisas não possuem textura em sua superfície. Por isso, seu revestimento é completamente plano, brilhante e até mesmo escorregadio. Atualmente, os médicos quase não usam a prótese de superfície lisa.

Com essa mudança, muitas pacientes sequer precisam trocar a prótese. Elas fazem exames periódicos e, desde que o implante esteja íntegro, não há necessidade de uma nova cirurgia. Assim, elas podem permancer com a mesma prótese por 20, 30 ou uma quantidade ainda menor de anos, desde que façam esse acompanhamento.

Prótese texturizada com revestimento de poliuretano

Esse tipo de prótese também possui uma textura. Ao redor da cápsula, o fabricante aplica uma camada de espuma de poliuretano, que torna a superfície porosa, macia e bastante aderente, com uma aparência semelhante à do velcro.

Assim como a prótese texturizada normal, o implante revestido com poliuretano impede que o colágeno e outras fibras formem uma camada grossa que pressiona o implante. Portanto, ela também reduz a ocorrência de contratura capsular e rejeição.

Apesar dessas vantagens, a prótese de poliuretano não é tão utilizada. Isso ocorre por diversos motivos, inclusive incertezas quanto à durabilidade do revestimento, pesquisas que apontam para uma possível degradação do tempo, entre outros fatores.

A prótese revestida com poliuretano também apresenta uma certa dificuldade de manejo. Como a superfície é muito aderente, o médico precisa fazer uma incisão maior no seio para afastar bem os tecidos no momento da colocação do implante.

Considerando o fato de que algumas pacientes desejam aumentar os seios depois de colocar próteses, trocando-as por implantes maiores, esse tipo de substituição também se torna complicado devido à aderência maior da prótese de poliuretano.

Finalmente, uma das desvantagens mais preocupantes em relação à prótese de poliuretano é a dificuldade para visualizar alterações, rupturas e vazamentos em seu revestimento em exames de imagem, ao longo dos anos.

Não é fácil ver rupturas, especialmente as menores, em exames como a mamografia, ultrassom e até mesmo na ressonância magnética quando a prótese é revestida com poliuretano. Assim, nem sempre o médico consegue perceber e orientar a paciente quanto à troca do implante.

Qual prótese de silicone escolher?

Como você viu, quando comparamos os benefícios da prótese texturizada, percebemos que, hoje em dia, ela pode ser considerada a mais vantajosa. Afinal, ela consegue reduzir a contratura capsular e a rejeição, o que a torna mais viável que a prótese de silicone lisa.

Ao mesmo tempo, ela não apresenta as dificuldades que a paciente pode ter ao colocar o implante revestido com poliuretano. Então, ao considerar benefícios e desvantagens, muitos cirurgiões recomendam, realmente, a prótese texturizada.

Mas como saber se esse é o tipo de prótese ideal para você? Provavelmente, a resposta é sim. No entanto, quem faz a indicação precisa é o cirurgião plástico. Ele toma esta decisão após uma avaliação extremamente criteriosa, baseada em uma série de exames.

Portanto, embora seja improvável que o médico indique outra prótese que não seja a texturizada, alguns fatores podem interferir nesta decisão, especialmente suas condições de saúde e seu histórico clínico.

Não podemos nos esquecer, também, que a prótese texturizada foi um grande avanço para reduzir a contratura e a rejeição. No entanto, outros fatores como técnicas cirúrgicas e cuidados no pós-operatório interferem nesse processo. Porém, isso é assunto para outro post!

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Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP


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