Os riscos de trombose após uma cirurgia plástica são pequenos. Porém, por se tratar de uma complicação grave, mesmo que rara, os médicos não poupam esforços para evitá-la.
Apesar de todo o empenho dos médicos, a colaboração do paciente também é muito fundamental.
Afinal, pessoas conscientes tomam atitudes para prevenir o problema, identificam os primeiros sinais e buscam atendimento precoce.
Por isso, decidimos falar sobre esse tema neste post. Continue a leitura e fique em alerta para eventuais sintomas deste problema.
Índice:
O que é a trombose?
A trombose ocorre quando um coágulo (trombo) se forma dentro das veias e para em algum ponto do sistema circulatório. Assim, ele cria uma barreira que impede a circulação do sangue.
Esta complicação pode trazer consequências muito graves e até mesmo colocar a vida do paciente em risco.
Quando a obstrução acontece em veias das pernas, o problema recebe o nome de trombose venosa profunda.
Porém, o trombo também pode se mover ao longo do sistema circulatório e parar no pulmão. Neste caso, a pessoa recebe o diagnóstico de embolia pulmonar.
Cirurgias podem causar trombose?
Cirurgias não causam a trombose. Porém, pacientes que passaram por uma cirurgia têm mais chance de desenvolver o problema do que pessoas que não se submetem a nenhum procedimento.
No entanto, é importante destacar que a trombose não é uma complicação exclusiva de pacientes em recuperação pós-cirúrgica.
Pessoas que viajam de avião por um período muito longo podem desenvolver trombose. Afinal, a circulação dos membros inferiores fica represada durante todo aquele tempo.
Indivíduos que fumam têm muito mais chances de desenvolver uma trombose do que a população em geral.
Até mesmo uma ocorrência ortopédica, como uma fratura ou uma torção no pé ou joelho, pode desencadear um quadro de trombose.
Portanto, a cirurgia é apenas mais uma das situações em que esse problema pode acontecer.
No caso da cirurgia plástica, o descolamento de áreas extensas de pele, como acontece na abdominoplastia e na lipoaspiração, é um fator que aumenta as chances de uma trombose.
Assim, o processo inflamatório do pós-operatório, somado à imobilidade dos pacientes em repouso, também são fatores que predispõem ao problema.
O maior risco de trombose acontece nas primeiras 48 horas após a cirurgia. Porém, o paciente deve ficar atento ainda por 14 dias, que é um período delicado de recuperação.
Quais são os sintomas da trombose?
Existem alguns sintomas aos quais o paciente deve ficar em alerta após uma cirurgia. Então veja quais são eles a seguir:
- Inchaço na panturrilha;
- Pele quente e avermelhada;
- Alteração na temperatura das pernas;
- Endurecimento da musculatura das pernas ou da região pélvica;
- Dor na panturrilha ou perna.
No entanto, quando o trombo se desloca pelo sistema circulatório e obstrui algum vaso do pulmão, ele gera outros sintomas:
- Dor torácica;
- Falta de ar.
Diante de qualquer um desses sintomas, a pessoa deve ser encaminhada para diagnóstico. Portanto, o médico solicitará exames como Doppler e tomografia computadorizada.
Como é o tratamento da trombose?
É fundamental que, após o diagnóstico de trombose, o tratamento seja iniciado imediatamente.
O médico prescreve medicamentos anticoagulantes, que bloqueiam reações químicas que ativam o processo de coagulação do sangue.
Assim, o medicamento evita a formação de novos coágulos enquanto o organismo luta para dissolver o trombo já formado. O tratamento pode ser longo, com duração de até 6 meses.
Porém, esse cuidado prolongado é necessário para que o paciente pare de tomar a medicação apenas quando o risco de desenvolver um novo trombo seja praticamente nulo.
Tanto a trombose venosa profunda quanto a embolia pulmonar são consideradas emergências médicas. Portanto, o paciente tem total prioridade para atendimento.
Como evitar a formação de trombos no pós-operatório?
A seguir, destacamos uma série de cuidados que evitam a formação de trombos no pós-operatório:
Elimine ao máximo os fatores de risco
Embora a trombose possa acontecer após uma cirurgia, a probabilidade de esta complicação ocorrer é muito maior quando a pessoa já apresenta outros fatores de risco.
Portanto, a primeira forma de reduzir o risco de trombose é eliminar esses fatores. Isso permitirá que o paciente tenha um pós-operatório menos sujeito a complicações.
Os principais fatores de risco para a trombose são:
- Tabagismo;
- Obesidade ou sobrepeso;
- Uso de anticoncepcionais;
- Reposição hormonal;
- Histórico de AVC;
- Portadores de sangue tipo A;
- Idade a partir de 40 anos, com risco cada vez maior com o avanço da idade;
- Doenças genéticas ou autoimunes que interferem na circulação sanguínea;
- Diagnóstico de doenças cardiovasculares ou no sangue (insuficiência cardíaca, varizes, trombofilia);
- Histórico de trombose, tanto pessoal quanto na família.
Então é importante que no período pré-operatório o médico identifique esses fatores e oriente o paciente para que ele os controle, na medida do possível.
Suspender o uso de anticoncepcionais e medicações para reposição hormonal, perder peso e interromper o uso de cigarros é muito importante para evitar a trombose e outras complicações pós-cirúrgicas.
Evite cirurgias muito longas
Em alguns casos, é impossível evitar cirurgias muito longas. Isso acontece especialmente quando se trata da remoção de tumores, correção de problemas cardíacos, entre outras.
Porém, quando se trata de cirurgias plásticas, os médicos costumam limitar o tempo cirúrgico. Afinal, são procedimentos eletivos que podem ser realizados em diferentes etapas.
A cirurgia plástica combinada é uma realidade e facilita a vida dos pacientes por proporcionar a oportunidade de resolver mais de um problema em uma única ocasião.
No entanto, o médico calcula o tempo de cada procedimento e a soma de todos eles, estabelecendo um limite que não afete a segurança do paciente, incluindo o aumento do risco de trombose.
Utilize aparelhos que estimulam a circulação
Muitos hospitais disponibilizam aparelhos de compressão pneumática. Assim, durante a cirurgia e no pós-cirúrgico imediato, eles exercem pressão nos membros inferiores, estimulam a circulação e reduzem o risco de trombose.
Porém, alguns pacientes não querem usar esse tipo de equipamento devido ao aumento do custo hospitalar. Caso seu médico indique o uso, não resista. Sua segurança vale muito mais.
Use meias de compressão
Ao retornar para casa, siga as recomendações médicas e utilize meias de compressão para estimular a circulação.
Então nos primeiros 10 ou 14 dias após a cirurgia, é importante utilizá-las continuamente, retirando-as apenas no momento do banho e colocando-as de acordo com a orientação médica.
Quando o paciente apresenta fatores de risco, o médico costuma ser ainda mais cuidadoso e solicitar o uso de meias de alta compressão.
Movimente-se para evitar a trombose
Quanto mais ativo for o seu repouso, menores são as chances de formar trombos e ter complicações. Portanto, movimente-se.
Isso não significa que você deva realizar um esforço indevido ou movimentos não permitidos, que podem abrir os pontos e causar outras complicações cirúrgicas.
Porém, comece a se movimentar assim que for possível. Se o médico disser que você pode se sentar, peça ajuda de alguém e fique menos tempo deitado.
Assim que o médico disser que você pode caminhar, ande com calma dentro da própria casa para que os músculos da panturrilha estimulem o sangue dos membros superiores a subir na direção do tronco.
Estabeleça intervalos regulares de cerca de uma hora, coloque seu celular para despertar e ande por cerca de 5 minutos. Vá até outro cômodo da casa, mexa-se.
Eleve as pernas
Manter as pernas mais elevadas que o restante do corpo é outra atitude que ajuda a evitar a trombose. Afinal, essa posição estimula o sangue a sair das extremidades inferiores e se dirigir ao tronco.
Sabe aquela expressão “ficar de pernas para o ar”? Então, o pós-operatório é o momento ideal para colocá-la em prática.
Portanto, desligue-se um pouco das suas atividades, aproveite para descansar, coloque um travesseiro sob os pés e eleve as pernas.
Faça massagem nas pernas
As manobras da massagem também estimulam a circulação do sangue e evitam que ele se acumule nos membros inferiores.
Inclusive, o protocolo do pós-operatório de cirurgias plásticas geralmente inclui a realização de drenagem linfática.
Assim, ao aderir ao tratamento da forma que o médico recomendou, você resolve dois problemas de uma só vez.
Desta forma, você estimula a circulação do sangue por meio da drenagem linfática e ainda reduz a retenção de líquidos, facilitando a recuperação e cicatrização.
Tome os anticoagulantes que o médico prescrever
Depois de uma cirurgia plástica, os médicos geralmente prescrevem remédios analgésicos para controle da dor, anti-inflamatórios e antibióticos, que evitam infecções.
Porém, em alguns casos, especialmente quando o histórico clínico deixa o médico em alerta, ele também pode prescrever medicamentos anticoagulantes.
Então, caso o médico faça a prescrição, tome os remédios de acordo com a orientação do profissional. O objetivo é garantir a sua segurança.
E você, já conhecia a trombose, seus riscos e a possibilidade de incidência no pós-operatório?
Viu que a doença não afeta apenas pacientes durante a recuperação de uma cirurgia, mas muitas outras pessoas que apresentam fatores de risco?
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A Master Health, há mais de duas décadas, alia conforto, segurança e zelo no tratamento de seus pacientes. Adepta do conceito de clínica vertical, a Master dispõe de quatro andares unicamente dispostos ao atendimento, favorecendo a privacidade de cada momento da cirurgia plástica ou tratamento realizado pelo paciente.
Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP
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