A hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, é infelizmente uma condição muito comum entre os brasileiros, afetando 1 a cada 3 adultos.
Quando não tratada ou fora de controle, a hipertensão arterial gera consequências de grande impacto na vida das pessoas. Ela também aumenta significativamente o risco das principais causas de morte no Brasil.
Considerando o fato de que tantas pessoas sofrem com a hipertensão, os pacientes com pressão alta podem fazer cirurgia plástica? Eles têm algum risco devido a essa doença?
Se você também tem essas dúvidas ou é uma dessas pessoas com pressão alta, continue a leitura. Vamos contar tudo sobre este assunto neste post. Confira!
Índice:
O que é a hipertensão arterial?
De forma bastante resumida, a hipertensão arterial é o excesso de pressão sanguínea sobre os vasos onde o sangue circula, o que danifica essas estruturas.
A pressão arterial ideal é aquela que se situa na faixa entre 120 mmHg de pressão máxima e 80 mmHg de pressão mínima. Por isso, talvez você já tenha ouvido alguém dizer que sua pressão é de 12/8 (doze por oito).
Porém, muitas pessoas têm a pressão mais alta ou mais baixa que esses índices ideais e isso não causa necessariamente um comprometimento à saúde.
Afinal, para ser considerado hipertenso, o indivíduo deve ter uma medida igual ou superior a 140 x 90 mmHg na pressão máxima e mínima, respectivamente.
Devido à agressão que a hipertensão provoca nas artérias, elas se tornam mais rígidas e estreitas. Portanto, ela prejudica toda a circulação sanguínea e ainda facilita o acúmulo de placas de gordura ou do próprio sangue.
Como os vasos sanguíneos são responsáveis por fazer com que os nutrientes e o oxigênio cheguem a todas as partes do organismo, tudo que os afeta pode prejudicar inúmeros órgãos.
Então, quando não tratada e controlada, a hipertensão arterial pode danificar o coração, rins, cérebro e olhos. É um dos principais fatores de risco para infartos e AVCs (derrames).
Como a hipertensão pode prejudicar um paciente em cirurgia?
Realmente, o paciente hipertenso pode ter um risco aumentado em qualquer procedimento cirúrgico e não apenas ao realizar uma cirurgia plástica. Às vezes, isso ocorre pela hipertensão, outras vezes pelo dano que ela já causou.
Um exemplo é o paciente que desenvolveu insuficiência renal devido à hipertensão. Estatisticamente, ele tem mais chances de sofrer com uma complicação durante a cirurgia.
Também se sabe que quando o paciente sente dor, sua pressão arterial aumenta. Então, como o pós-operatório pode ser dolorido, existe um risco maior de um pico de pressão durante a recuperação.
Isso não significa que uma pessoa com hipertensão arterial não pode realizar uma cirurgia plástica. Porém, em primeiro lugar, a pressão deve estar sob controle. Se ela estiver descontrolada, é preciso esperar.
Além disso, o cirurgião fará uma série de avaliações com o paciente, muitas vezes envolvendo outros médicos especialistas que acompanham aquele indivíduo. A cirurgia somente ocorrerá se os riscos forem reduzidos.
Quais são os critérios para fazer cirurgia plástica em um hipertenso?
Em primeiro lugar, como já explicamos, a pressão deve estar sob controle, ou seja, em faixas normais. No entanto, mesmo que a pressão não seja um problema, os danos que ela já causou ao organismo podem gerar complicações.
Por isso, os médicos avaliam fatores como:
Realização de uma bateria completa de exames
Antes de qualquer cirurgia, os médicos solicitam exames pré-operatórios. Não é diferente na cirurgia plástica, especialmente quando o paciente tem hipertensão arterial.
Portanto, o médico solicita uma série de exames, tanto laboratoriais quanto de imagem. Além disso, o profissional recolhe informações sobre o histórico clínico individual e familiar.
Entre os exames que o médico geralmente solicita estão:
- Hemograma (exame de sangue completo);
- Coagulograma (análise do tempo de coagulação do sangue);
- Níveis de glicemia;
- Exame de urina;
- Exames de imagem, como ultrassonografia e raio-x;
- Exames cardiológicos, como o eletrocardiograma;
- Doppler das pernas, importante para verificação de possíveis eventos tromboembólicos.
Vale a pena destacar que normalmente os médicos já pedem ultrassom ou outros exames de imagem da região que eles vão operar. Então, para a abdominoplastia, eles solicitam a ultrassonografia abdominal.
No entanto, no caso de pacientes com hipertensão, eles também podem pedir exames para analisar as condições de órgãos geralmente afetados por esse problema.
Por questão de segurança, o paciente deve realizar os exames pré-operatórios não muito antes da cirurgia. Eles devem ter, no máximo, 3 meses na data do procedimento.
Esse critério é importante porque o organismo pode passar por mudanças e, na data do procedimento, estar em condições completamente diferentes das do dia do exame. Uma data mais próxima reduz esse risco.
Lembre-se de que essa lista é a de procedimentos que os médicos pedem com mais frequência. No entanto, seu histórico clínico pode levá-lo a acrescentar ou substituir esses exames por outros.
Avaliação de outros especialistas
Nem sempre o cirurgião plástico pede que outros especialistas avaliem o paciente antes do procedimento. Porém, ele pode solicitar esse cuidado quando existe uma condição de saúde que exige atenção.
Aliás, essa recomendação não acontece apenas quando o paciente tem hipertensão. Pedras na vesícula e outras condições clínicas também podem gerar essa preocupação.
Então, caso seu cirurgião solicite a avaliação de um segundo especialista, providencie a consulta. Geralmente, o outro médico faz um documento (laudo ou autorização) com seu parecer.
Manejo de medicamentos para hipertensão
Outro ponto importante, antes da cirurgia plástica, é o manejo de medicamentos. Afinal, quem recebe esse diagnóstico muitas vezes precisa tomar determinados remédios continuamente.
Por outro lado, para realizar uma cirurgia plástica com segurança, o médico muitas vezes precisa suspender uma série de medicamentos, como anticoagulantes, antiagregantes, estimulantes e até vitamina E.
A questão é que, no caso do paciente que toma medicamentos de uso contínuo, existe um dilema. Assim como a suspensão é necessária para a cirurgia plástica, ela pode colocar a saúde do paciente em risco.
Por isso, é importante que você informe ao médico todos os medicamentos que utiliza. No caso das mulheres, até mesmo o anticoncepcional precisa ser relatado.
Assim, o médico analisará esses medicamentos e verificará qual é o período viável de suspensão para aquele paciente. Mais uma vez, ele pode optar por tomar a decisão em consenso com outro especialista que acompanha o indivíduo.
Avaliação cardiológica
A avaliação cardiológica costuma fazer parte do protocolo de preparação do paciente para uma cirurgia plástica. Afinal, o coração precisa estar em bom estado para que o procedimento seja seguro.
Portanto, geralmente o médico solicita exames como o eletrocardiograma ou ecocardiograma, como já mencionamos. Em alguns casos, ele também pode pedir um teste ergométrico.
Depois de todos esses exames, o próprio cardiologista costuma fazer uma avaliação de risco cirúrgico, com um laudo que aponta se o paciente tem algum risco fora do normal para a realização do procedimento.
Cautela no agendamento da cirurgia
Diferentemente de outros procedimentos realizados devido a doenças que colocam até mesmo a vida do paciente em risco, a cirurgia plástica é uma operação de caráter eletivo.
Isso significa que o paciente não é obrigado a fazê-la para preservar sua vida. Também por isso, o médico não aceita realizar o procedimento se existem riscos evidentes à pessoa.
Portanto, após os exames e todas as outras avaliações, o paciente tem todo o tempo necessário para melhorar suas condições de saúde. Somente depois que os indicadores são positivos o cirurgião agenda o procedimento.
Atenção às recomendações para o pré-operatório
Quando se trata de pacientes com doenças crônicas, o médico é ainda mais criterioso quanto à observância das recomendações para o pré-operatório. Portanto, caso a pessoa se demonstre negligente, a cirurgia não acontece.
Essas recomendações vão desde a realização de exames, consultas a especialistas até a suspensão de álcool ou cigarro, por exemplo. Assim, se o paciente não faz sua parte, não ocorre nenhum procedimento.
“Tenho hipertensão, mas quero fazer uma cirurgia plástica. E agora?”
Se você tem vontade de fazer uma cirurgia plástica, mas tem pressão alta, isso não significa que precisa abrir mão do seu sonho. Veja agora como começar a controlá-la.
1. Cuide de sua alimentação
Existem alguns fatores que predispõem a hipertensão e sobre os quais não temos controle. Entre eles, está a genética, por exemplo. Definitivamente, você não pode mudá-la.
Por outro lado, existem diversos fatores modificáveis que interferem na pressão arterial. Um dos principais é a alimentação. Então, transforme-a em sua aliada para controlar a hipertensão.
Evite alimentos muito gordurosos, industrializados e ultraprocessados. Reduza também o sal e dê preferência aos alimentos em sua forma natural. Seu organismo agradece.
2. Livre-se do cigarro
A pressão elevada do sangue danifica as artérias. O cigarro agrava o quadro, pois estreita e enrijece os vasos sanguíneos, além de atingir o revestimento interior deles.
3. Pratique exercícios
O exercício é outro aliado para o controle da hipertensão. Porém, consulte seu médico antes e verifique quais são as atividades ideais para melhorar seu condicionamento físico sem aumentar a pressão.
4. Tome sol para reduzir a hipertensão
Tomar um pouco de sol todos os dias também é excelente para pessoas com hipertensão. Em contato com a pele, os raios solares promovem a síntese de óxido nítrico, uma substância que relaxa os vasos sanguíneos.
Agora você já sabe que as pessoas com hipertensão também podem fazer cirurgia plástica. Se você é uma delas, comece a realizar seu sonho agora mesmo e conte com uma equipe altamente qualificada para isso.
A Master Health tem uma equipe de especialistas que pode ajudá-lo a atingir seus objetivos com toda a segurança. Marque agora mesmo a sua consulta.
A Master Health, há mais de duas décadas, alia conforto, segurança e zelo no tratamento de seus pacientes. Adepta do conceito de clínica vertical, a Master dispõe de quatro andares unicamente dispostos ao atendimento, favorecendo a privacidade de cada momento da cirurgia plástica ou tratamento realizado pelo paciente.
Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP
Deixe um comentário