Quantas mamas a mulher tem? E o homem, tem mamas? Você sabia que, embora a resposta para ambas as perguntas seja o número dois, algumas pessoas desenvolvem mais mamas que o normal? Esta condição tem um nome: polimastia.
E você já ouviu a respeito da polimastia? Já pensou que aquela parte do seu corpo com um volume aumentado, que pode liberar secreções ou não e que fica sensível durante a TPM (no caso das mulheres) pode ser uma mama acessória?
Se você nunca ouviu falar deste assunto, continue neste artigo. Vamos explicar, com detalhes, o que é a polimastia, como identificá-la, se esta condição traz algum risco para o indivíduo e as opções de tratamento. Então, confira o conteúdo completo!
Índice:
O que é a polimastia?
A polimastia é uma condição médica pouco conhecida, mas bastante significativa. Ela afeta um número considerável de pessoas ao redor do mundo. Caracterizada pela presença de tecido mamário fora da localização normal dos seios, ela pode causar desconforto físico e emocional aos indivíduos afetados.
Esta condição, que também recebe o nome de mamas supranumerárias ou mamas acessórias, é uma anomalia congênita em que tecido mamário adicional se desenvolve em áreas fora dos seios normais. No entanto, a polimastia é diferente da politelia, que se refere à presença de mamilos extras. Na polimastia, o tecido mamário extra pode ou não incluir um mamilo ou aréola.
Como as mamas acessórias se desenvolvem?
O tecido mamário supranumerário geralmente se desenvolve ao longo das “linhas do leite”, que se estendem das axilas até a região inguinal. No entanto, em casos raros, pode aparecer em outras partes do corpo, como costas, nádegas ou até mesmo na face.
Para entender o que causa a polimastia, precisamos voltar à etapa do desenvolvimento embrionário humano. Nós, seres humanos, fazemos parte de uma grande família dos animais, a família dos mamíferos. Essas espécies, entre outras características, desenvolvem mamas que, por sua vez, permitem a produção de leite. Então, é natural que o ser humano também desenvolva essas estruturas.
Você pode observar que vários mamíferos têm uma quantidade muito maior de mamas (ou tetas) que os seres humanos. Assim, as vacas possuem quatro, gatas possuem oito, cadelas e esquilos possuem dez, porcas possuem dezoito. Essas tetas se distribuem ao longo do que se chama a linha do leite ou linha láctea, que se estende desde a axila até o que seriam as pernas, passando pelo tórax, abdômen e virilha.
Durante as primeiras semanas de gestação humana, as linhas mamárias se formam em ambos os lados do corpo do embrião, tanto em fêmeas quanto em machos. Normalmente, a maior parte dessas linhas desaparece, exceto na região do peito, onde se desenvolvem os seios. Porém, em alguns indivíduos, porções adicionais dessas linhas mamárias persistem e se desenvolvem em tecido mamário, estabelecendo a condição de polimastia.
O que causa a polimastia?
A polimastia é uma anomalia, ou seja, uma condição que ocorre devido a uma anormalidade nas etapas de desenvolvimento humano. Assim, é como se, naquela pessoa, o crescimento do embrião “pulasse” a etapa responsável por “desligar” essas estruturas.
Já sabemos que fatores genéticos desempenham um papel significativo na ocorrência da polimastia. Estudos mostram que esta condição é mais comum quando outras pessoas da família também desenvolveram mamas acessórias. Portanto, há uma forte evidência de que uma base hereditária.
Porém, não podemos descartar completamente a interferência de outros fatores para a ocorrência de polimastia. Influências hormonais durante o desenvolvimento fetal, por exemplo, podem contribuir para a persistência e o crescimento do tecido mamário extra.
É importante notar que a polimastia não é resultado de fatores ambientais ou hábitos de vida. Trata-se de uma variação anatômica que se desenvolve antes do nascimento. Assim, mesmo que a condição possa se manifestar anos depois, ela estava presente desde a gestação.
Onde se formam as mamas acessórias?
As localizações mais comuns para o tecido mamário supranumerário incluem:
- axila (a mais frequente);
- abaixo dos seios normais, na parte superior do abdômen;
- região do esterno;
- área inferior do abdômen;
- região inguinal (virilha).
Como identificar a polimastia?
Existem diversas possíveis manifestações da polimastia e elas podem variar significativamente entre os indivíduos. Em muitos casos, o indivíduo ou seus cuidadores não observam nenhum sinal durante a infância. Afinal, o tecido mamário extra pode passar despercebido até a puberdade ou gravidez, quando as alterações hormonais estimulam seu crescimento.
Outras vezes, as mamas acessórias se tornam evidentes desde quando a criança é pequena, pois elas apresentam aréolas e mamilos, estruturas bem visíveis. Ainda assim, há pessoas que confundem esses sinais com manchas e verrugas, o que pode se estender ao longo de toda a vida.
No entanto, quando a pessoa chega à puberdade, ela pode ter vários sinais de polimastia, que nem sempre são identificados ou são atribuídos a outras causas. Esses sintomas podem incluir:
- na mulher, inchaço ou aumento de volume na área afetada durante a menstruação ou gravidez;
- desconforto ou dor, especialmente durante períodos de mudanças hormonais;
- produção de leite no tecido extra durante a lactação;
- assimetria visível ou protuberâncias sob a pele.
Em alguns casos, a polimastia pode ser assintomática e descoberta acidentalmente apenas durante exames de rotina. Porém, outras vezes, como já falamos, a condição continua desconhecida pela pessoa ao longo de décadas.
Como é feito o diagnóstico da polimastia?
O diagnóstico da polimastia geralmente começa com um exame físico detalhado. Assim, seja por queixa do paciente ou por outros motivos, o médico procurará por massas ou tecidos que pareçam mamários fora da localização normal dos seios. Em muitos casos, o diagnóstico pode ser feito apenas com base no exame clínico.
No entanto, para confirmação e avaliação mais precisa, exames de imagem podem ser necessários. Estes incluem:
- ultrassonografia: útil para distinguir o tecido mamário de outros tipos de tecidos moles;
- mamografia: pode ser recomendada, especialmente em pacientes mais velhos, para descartar qualquer anormalidade no tecido mamário extra;
- ressonância magnética (RM): oferece imagens detalhadas e pode ser particularmente útil em casos complexos ou quando há suspeita de complicações.
O diagnóstico precoce é importante, não apenas para o manejo adequado da condição, mas também para garantir que o tecido mamário extra seja monitorado quanto a possíveis alterações ao longo do tempo, assim como ocorre com o tecido mamário normal. Embora seja raro, a pessoa pode desenvolver câncer na mama acessória, o que justifica a identificação e acompanhamento.
Como as mamas supranumerárias impactam na vida do paciente?
Além dos aspectos físicos, a polimastia pode ter impactos significativos na saúde mental e no bem-estar social dos indivíduos afetados. Afinal, muitas pessoas com esta condição relatam:
- baixa autoestima e problemas de imagem corporal;
- constrangimento em situações sociais, especialmente envolvendo trajes de banho ou roupas mais reveladoras;
- dificuldades em relacionamentos íntimos;
- ansiedade relacionada à aparência física;
- dores e desconfortos quando a região se torna mais inchada ou sensível.
Estes desafios físicos, emocionais e sociais são importantes considerações no manejo geral da polimastia. Geralmente, eles influenciam a decisão de buscar tratamento e não devem ser minimizados, seja pela família ou pelos profissionais de saúde que atendem aquele paciente.
Existe tratamento para a polimastia?
O tratamento da polimastia varia dependendo da gravidade da condição, da localização do tecido mamário extra e das preferências individuais do paciente. As opções de tratamento incluem abordagens cirúrgicas e não cirúrgicas.
Cirurgia para tratamento da polimastia
A cirurgia é frequentemente a opção preferida para casos sintomáticos ou quando há impacto significativo na qualidade de vida. O procedimento cirúrgico para polimastia geralmente envolve a excisão completa do tecido mamário extra, ou seja, a sua retirada.
As técnicas específicas podem variar dependendo da localização e do tamanho do tecido a ser removido. Assim, em casos onde o tecido mamário extra é pequeno, a lipoaspiração pode ser uma opção complementar ou alternativa. Esta técnica é menos invasiva e pode resultar em cicatrizes menores.
O cirurgião plástico planeja cuidadosamente as incisões para minimizar cicatrizes visíveis e preservar a estética natural do corpo. Porém, em alguns casos, pode ser necessário remodelar a área circundante para garantir um contorno suave e harmonioso. Os resultados finais da cirurgia geralmente são visíveis após alguns meses, quando o inchaço diminui completamente e as cicatrizes começam a amadurecer.
Vale a pena ressaltar que, como em qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos e possíveis complicações associados ao tratamento da polimastia. Portanto, o paciente pode ter infecção, sangramento, reações à anestesia, alterações na sensibilidade e resultados estéticos insatisfatórios. Porém, esses problemas tendem a ser raros quando há um cuidado tanto no pré quanto no pós-operatório.
Tratamento não cirúrgico da polimastia
Em casos onde a polimastia é assintomática ou o paciente opta por não realizar cirurgia, os médicos recomendam apenas a observação atenta desta região. Isso envolve monitoramento regular do tecido mamário extra, por meio de exames, para garantir que não alterações preocupantes obtenham identificação e tratamento imediato.
Para pacientes que buscam soluções não cirúrgicas para melhorar a aparência, existem opções de camuflagem e suporte. Isso pode incluir o uso de roupas especialmente desenhadas ou sutiãs adaptados para minimizar a visibilidade do tecido extra.
E você, suspeita ter polimastia? Recebeu o diagnóstico desta condição? Então, não perca tempo! Busque agora mesmo a orientação de um profissional de saúde qualificado. Um cirurgião plástico especializado pode oferecer uma avaliação abrangente e discutir as melhores opções de tratamento para o seu caso específico, usando as mais modernas técnicas disponíveis.
Lembre-se, cada caso de polimastia é único. Assim, o o tratamento deve ser personalizado para atender às necessidades e objetivos individuais de cada paciente. Com o cuidado adequado e o tratamento apropriado, é possível alcançar não apenas uma melhora estética, mas também um aumento significativo na qualidade de vida e bem-estar geral. Agende agora mesmo a sua consulta!
A Master Health, há mais de duas décadas, alia conforto, segurança e zelo no tratamento de seus pacientes. Adepta do conceito de clínica vertical, a Master dispõe de quatro andares unicamente dispostos ao atendimento, favorecendo a privacidade de cada momento da cirurgia plástica ou tratamento realizado pelo paciente.
Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP
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