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Por serem símbolos de feminilidade e sensualidade, os seios têm uma importância para a mulher que vai além de seu papel físico, biológico. Por isso, a mastectomia realizada por questões médicas, no tratamento de doenças graves, pode representar um grande trauma.

Para muitas mulheres, a perda da mama impacta diretamente a autoestima e a percepção do corpo. A legislação brasileira garante o direito à reconstrução imediata, mas essa opção nem sempre é a mais adequada, especialmente quando tratamentos como quimioterapia e radioterapia estão envolvidos.

Por isso, neste artigo, vamos conversar abertamente sobre as diferentes abordagens para a reconstrução mamária após a mastectomia. Consideraremos fatores que podem influenciar essa decisão, refletindo em que casos vale a pena optar pela reconstrução imediata ou adiar essa cirurgia tão importante. Continue a leitura para saber mais!

Qual é a função e indicações da mastectomia?

A mastectomia é uma cirurgia indicada principalmente para o tratamento do câncer de mama, com o objetivo de remover total ou parcialmente o tecido mamário afetado. A decisão sobre o tipo de mastectomia depende de vários fatores, incluindo o estágio do câncer, o tamanho do tumor, a presença de múltiplos tumores na mesma mama e a melhor opção para a recuperação da saúde da paciente.

A mastectomia total, que também recebe o nome de mastectomia simples, envolve a remoção de toda a mama, incluindo o mamilo e a aréola. Nesta cirurgia, ocorre apenas a preservação dos músculos da parede torácica.

Já a mastectomia radical, que é menos comum hoje, remove não apenas a mama, mas também os músculos subjacentes e os linfonodos axilares. A mastectomia parcial, ou segmentar, remove apenas a parte da mama afetada pelo câncer, preservando o máximo possível de tecido saudável.

Cada tipo de mastectomia tem suas indicações específicas. Geralmente, o especialista recomenda a associação da cirurgia com outros tratamentos, como quimioterapia ou radioterapia. Entender as diferenças entre os tipos de mastectomia ajuda a paciente a tomar decisões mais informadas sobre o tratamento e as opções de reconstrução mamária.

O que diz a lei sobre a reconstrução após a mastectomia?

Desde que inicia a puberdade, a mulher tende a demonstrar um apego aos seios que desenvolve neste período da vida. Afinal, eles representam uma diferenciação sexual, um símbolo de feminilidade. Por isso, a retirada das mamas, especialmente a mastectomia total ou radical, costuma representar um trauma.

Reconhecendo esta dor, a legislação assegura às mulheres que passam por essa situação o direito de realizar a reconstrução mamária imediatamente após a cirurgia. Essa garantia está prevista na Lei 9.797/1999, que determina que, sempre que houver condições clínicas, a reconstrução da mama deve ocorrer no mesmo ato cirúrgico da mastectomia.

Essa possibilidade oferece à paciente o benefício de sair do hospital com a mama reconstruída, o que pode reduzir o impacto psicológico da perda do seio e acelerar a recuperação emocional. Porém, como você pode observar, nós destacamos uma condição importantíssima em negrito: sempre que houver condições clínicas.

Afinal, mesmo que desejada, nem sempre a reconstrução imediata é a melhor opção. Vamos falar de cada um dos casos e das implicações desta decisão nas etapas seguintes do tratamento. Essas implicações podem levar o médico a recomendar o adiamento da inserção da prótese. Veja os próximos tópicos para entender toda a questão.

Como a sequência do tratamento pode adiar a reconstrução mamária?

Existem diferentes tipos de câncer, mesmo quando falamos de um único órgão do corpo, como a mama. Por isso, vários grupos de mulheres passam por tratamentos distintos: algumas precisam apenas da mastectomia. Outras solucionam o problema com quimioterapia e radioterapia. Frequentemente, o tratamento exige a combinação de todos esses recursos.

Possíveis impactos da quimioterapia no processo de cicatrização

Quando a paciente precisa de tratamentos adicionais como quimioterapia ou radioterapia após a mastectomia, a decisão sobre a reconstrução mamária imediata requer uma avaliação cuidadosa. Afinal, a quimioterapia pode enfraquecer o sistema imunológico e atrasar o processo de cicatrização, o que aumenta o risco de complicações na área cirúrgica.

Nesse contexto, o médico pode aconselhar a paciente a adiar a reconstrução até a conclusão do tratamento oncológico, ou seja, até o momento em que o corpo estará em melhores condições para enfrentar outra cirurgia e promover uma cicatrização segura.

Possíveis impactos da radioterapia sobre o resultado estético da prótese

A radioterapia, por sua vez, pode afetar o tecido mamário remanescente e a pele, tornando-os mais rígidos e menos elásticos. Esse efeito pode comprometer o resultado estético da reconstrução mamária, especialmente quando a técnica envolve a inserção de próteses de silicone.

Em alguns casos, a radiação também pode aumentar o risco de contratura capsular, uma condição onde o tecido ao redor da prótese endurece, causando desconforto, deformidade e exigindo uma nova ciurgia para substituição do implante.

Diante desses fatores, a paciente e o médico precisam considerar se a reconstrução imediata é viável ou se a reconstrução diferida (tardia), que ocorre após o término dos tratamentos, oferece melhores resultados. Essa decisão deve levar em conta o tipo de câncer, o plano de tratamento e as expectativas da paciente em relação ao resultado do procedimento.

Quando a reconstrução com expansores pode ser necessária?

Também não podemos nos esquecer de que, quando falamos em mastectomia, estamos nos referindo à retirada de tecidos da região dos seios e até mesmo áreas adjacentes. Por isso, nem sempre é possível simplesmente colocar uma prótese. Pode ser necessário estender a pele para acomodá-la no futuro.

A reconstrução mamária com expansores é uma técnica utilizada quando a reconstrução imediata com próteses de silicone não é viável ou recomendada. Esse método envolve a colocação de um dispositivo expansor temporário sob a pele e o músculo da parede torácica.

O expansor é uma bolsa inflável que o médico gradualmente preenche com solução salina ao longo de várias semanas ou até mesmo meses. Esse processo permite que a pele e o tecido se expandam lentamente, criando espaço suficiente para a inserção de uma prótese definitiva em uma etapa cirúrgica posterior.

Essa técnica oferece maior flexibilidade para ajustar o tamanho e a forma da mama reconstruída, garantindo um resultado mais natural. O expansor também pode ajudar a preparar a área para uma reconstrução futura mais complexa, especialmente em casos onde a pele sofreu danos significativos.

O que considerar ao tomar uma decisão sobre o momento da reconstrução mamária?

Uma doença agressiva como o câncer implica em uma série de desafios e transtornos. Diante disso, é natural que a mulher sinta-se mais vulnerável, insegura e queira reconstruir a mama o mais rápido possível. Porém, selecionamos alguns fatores importantes e entendemos que vale a pena considerá-los antes de uma decisão:

Prós e contras da reconstrução imediata após a mastectomia

Não podemos negar que a reconstrução mamária imediata oferece algumas vantagens. Entre os principais benefícios, podemos destacar o impacto positivo na autoestima da paciente. Acordar da cirurgia com a mama já reconstruída pode reduzir significativamente o trauma emocional associado à perda do seio, promovendo uma recuperação psicológica mais rápida.

Além disso, a reconstrução imediata evita a necessidade de uma segunda cirurgia. Assim, em tese, podemos observar a redução no tempo total de recuperação, dos custos associados a procedimentos e internações e à demora para que a paciente volte às suas atividades normais.

No entanto, a reconstrução imediata também apresenta alguns contras. Como já mencionamos, quando a paciente necessita de quimioterapia ou radioterapia após a mastectomia, a reconstrução imediata pode complicar a cicatrização e aumentar o risco infecções e problemas com a integração da prótese.

Além disso, o resultado estético pode ser menos previsível em casos onde a radioterapia está envolvida, devido às mudanças que esse tratamento causa no tecido mamário. Diante disso, é crucial que a paciente discuta com seu médico os prós e contras da reconstrução imediata, para que possa tomar uma decisão alinhada ao seu plano de tratamento oncológico.

Prós e contras da reconstrução diferida após a mastectomia

A reconstrução diferida, ou tardia, é a escolha de algumas pacientes que preferem esperar até que todos os tratamentos oncológicos estejam concluídos antes de realizar a reconstrução mamária. Essa opção é frequentemente recomendada para pacientes que precisam de radioterapia após a mastectomia, devido a todos os motivos que já mencionamos.

Ao optar pela reconstrução diferida, a paciente permite que o corpo tenha tempo suficiente para se recuperar da mastectomia e dos tratamentos subsequentes, o que pode resultar em uma cicatrização mais saudável e um resultado estético mais previsível.

Outra razão para escolher a reconstrução diferida é a possibilidade de avaliar com mais calma as opções disponíveis, como o tipo de reconstrução e a escolha entre próteses de silicone ou reconstrução com tecidos autólogos (retirados do próprio corpo).

Essa abordagem também oferece à paciente a oportunidade de se concentrar exclusivamente no tratamento do câncer antes de considerar a reconstrução, reduzindo o estresse e as complicações associadas a múltiplos procedimentos cirúrgicos em um curto período.

Apesar de exigir paciência, a reconstrução diferida pode proporcionar resultados mais satisfatórios a longo prazo, garantindo que a paciente tome decisões conscientes sobre seu corpo e sua saúde. Porém, mais uma vez, esta é uma decisão que deve ser tomada em conjunto com o médico, analisando o mais adequado a cada caso e os impactos da escolha sobre o bem-estar geral da mulher.

Agora você já sabe quais são as opções de reconstrução mamária após a mastectomia. Quer acompanhar outros conteúdos do universo da saúde feminina, beleza e cirurgia plástica? Então, siga nossos perfis no Instagram e Facebook para não perder nenhuma novidade!

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A Master Health, há mais de duas décadas, alia conforto, segurança e zelo no tratamento de seus pacientes. Adepta do conceito de clínica vertical, a Master dispõe de quatro andares unicamente dispostos ao atendimento, favorecendo a privacidade de cada momento da cirurgia plástica ou tratamento realizado pelo paciente.
Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP

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