É provável que você já tenha visto alguma pessoa com lipoma mesmo sem saber do que se tratava. Mais que isso: alguns pacientes desenvolvem lipomas que aparecem e desaparecem, às vezes sem causar nenhum outro transtorno.
Mas afinal, o que é um lipoma? Ele pode trazer complicações? Como tratá-los? Isso é o que você vai descobrir neste post. Então, se você ficou curioso, continue a leitura!
Índice:
O que é o lipoma?
O lipoma é um tumor. Porém, embora a palavra assuste, trata-se de uma massa benigna, formada por células de tecido adiposo, ou seja, composta apenas por gordura.
Portanto, o lipoma geralmente não se transforma em câncer ou qualquer doença preocupante, com sérias consequências. Aliás, algumas pessoas até se referem a ele como uma bolinha de gordura, o que também está correto.
Na literatura médica, existem pouquíssimos casos de lipomas que se transformaram em tumores malignos. Portanto, ele não ameaça a saúde do paciente.
O lipoma pode aparecer em qualquer região do corpo. Algumas pessoas desenvolvem lipomas nas mãos e nos punhos, outros na testa, nos ombros ou no tronco.
No entanto, uma das características do lipoma é que ele geralmente se localiza em uma camada superficial, logo abaixo da pele, no chamado tecido subcutâneo.
Dificilmente o lipoma se desenvolve em regiões profundas como músculos, nervos, órgãos internos ou no abdômen.
Quais são as características do lipoma?
Na maioria das vezes, o lipoma tem até 2 ou 3 cm de diâmetro. No entanto, alguns crescem mais e podem ultrapassar os 10 cm. Embora sejam formados por gordura, eles são envolvidos por uma cápsula fibrosa.
Além disso, o lipoma tem formato bastante regular. Ele é arredondado, geralmente simétrico, tem consistência firme e elástica. Assim, quando a pessoa percebe o lipoma e o pressiona, ele costuma se mover um pouco para as laterais.
Outra característica do lipoma é que, na maioria dos casos, ele cresce lentamente e é indolor. No entanto, depois de algum tempo, ele pode regredir sozinho, sem nenhuma intervenção cirúrgica.
Quais são as causas do lipoma?
Não se sabe o que provoca a formação de lipomas no organismo. Embora algumas correntes médicas apontem a possibilidade de ele surgir como decorrência de um trauma, ainda não existem evidências suficientes para afirmar isso com segurança.
Outra possibilidade é a relação entre lipomas e predisposição genética. Um fator que evidencia essa hipótese, embora ainda não haja comprovação, é o fato de que é comum várias pessoas da mesma família terem lipomas.
A terceira hipótese relaciona obesidade e formação de lipomas. Porém, ela ainda não foi comprovada. Apesar disso, os médicos concordam que o lipoma é mais frequente em magros que ganham peso rapidamente.
Como você pode ver, todas essas hipóteses têm evidências, mas ainda não foram confirmadas. No entanto, alguns fatores de risco já são relativamente conhecidos.
Em primeiro lugar, o lipoma é mais comuns entre mulheres na faixa entre os 40 e 60 anos. Além isso, algumas síndromes costumam desencadear o surgimento de múltiplos lipomas em várias regiões do corpo:
- Síndrome de Bannayan-Riley-Ruvalcaba;
- Síndrome de Cowden;
- Adipose dolorosa ou Síndrome de Dercum;
- Síndrome de Gardner;
- Síndrome de Madelung.
É possível que, neste momento, você esteja pensando: “não conheço e nunca ouvi falar de nenhuma dessas síndromes”. Realmente, elas são bastante raras, o que dificulta, inclusive, um estudo mais profundo sobre a causa do linfoma.
Como diagnosticar esse tumor?
Como o lipoma costuma ser assintomático, a maioria das pessoas percebe primeiro o crescimento de uma bolinha indolor e escorregadia nessas regiões do corpo. Assim, o reconhecimento é visual e tátil.
É importante destacar que, embora o lipoma seja indolor, ele pode provocar dor. Isso acontece porque ele cresce e pressiona algum outro tecido ou estrutura próxima, como um nervo. É essa segunda estrutura que, quando pressionada, causa a dor.
Além desse reconhecimento visual e tátil, é comum o médico analisar outros exames para verificar que realmente o paciente tem um lipoma, e não outro tipo de tumor. Portanto, ele pode solicitar uma biópsia, tomografia e ressonância magnética para confirmar o diagnóstico.
O diagnóstico de lipoma não apresenta nenhum risco ao paciente. Se não houver dor devido à pressão de outras estruturas, como já mencionamos, o paciente pode, inclusive, optar por não retirá-lo.
Porém, antes disso o médico precisa ter certeza de que não se trata um lipossarcoma. Esse sim, é um tumor que cresce muito rápido e precisa de outras providências.
Quando a bolinha de gordura precisa de tratamento?
Não há um tratamento com medicamentos para eliminar o lipoma. Inclusive, é bastante comum eles desaparecerem espontaneamente, depois de algum tempo.
No entanto, alguns pacientes se incomodam com eventuais prejuízos estéticos de um lipoma. Ele pode causar assimetrias, prejudicar a aparência ou mesmo causar um incômodo.
Imagine uma mulher que desenvolve um lipoma em um dos ombros, por exemplo. Se esse tumor crescer demais, ela ficará com uma assimetria na altura dessa região.
E mesmo se o lipoma ficar pequeno, ele pode entrar em atrito a todo momento com a alça do sutiã, gerando uma lesão. Assim, mesmo que o lipoma seja indolor, ele pode causar esse transtorno.
Além disso, os médicos costumam recomendar a remoção cirúrgica do lipoma quando:
- o lipoma pressiona outras estruturas adjacentes e causa dor;
- o lipoma causa incômodos, como o que mencionamos acima;
- gera um incômodo estético (um calombo na testa, por exemplo);
- gera comprometimento funcional;
- o tumor apresenta crescimento rápido;
- não há certeza de que realmente se trata de uma massa benigna.
Como tratar o lipoma?
Existem três maneiras de tratar o lipoma. A primeira é o uso de injeções de esteroides. Além disso, é possível lipoaspirar o tecido adiposo localizado na região.
Porém, muitos médicos ainda preferem extrair o lipoma cirurgicamente. Eles fazem uma incisão, retiram o tumor e sua cápsula fibrosa e fazem a sutura no local, o que deixa uma pequena cicatriz.
Embora a remoção cirúrgica tenha esse inconveniente da cicatriz, ela ainda é o método mais eficiente. Afinal, quando o médico retira todo o tumor e sua cápsula, as chances de recorrência se tornam praticamente inexistentes.
Também vale a pena destacar que essa pequena cirurgia pode ser realizada até mesmo na própria clínica e com anestesia local. Assim, tomando os devidos cuidados, a pessoa volta às suas atividades de trabalho em seguida.
O fato é que, sempre que você perceber qualquer estrutura estranha ou o crescimento de um volume, procure o médico. Ele é o único profissional capacitado a avaliar seu quadro, verificar se realmente não existem riscos maiores e propor a melhor solução.
Entendeu o que é o lipoma? Já teve algum desses pequenos tumores? Ele desapareceu espontaneamente ou precisou retirá-lo? Compartilhe sua experiência nos comentários!
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Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP
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