Câncer de mama: tudo que você precisa saber sobre a prevenção e detecção desta doença

Não é fácil e nem agradável começar um post dando uma má notícia. Porém, precisamos alertar as mulheres sobre a importância de prevenir e tratar o câncer de mama, pois esta informação pode salvar vidas.

Talvez você não saiba, mas o câncer de mama não é a doença que mais mata mulheres no mundo e nem no Brasil.

Ele perde para outros problemas cardiovasculares e doenças respiratórias. Porém, está sempre entre as primeiras posições quando se trata de um ranking de mortalidade.

A boa notícia é que a maioria dos cânceres de mama são tratáveis e curáveis, desde que sejam descobertos precocemente.

Por isso, neste post nós reunimos as principais informações para que você saiba como prevenir e identificar o câncer de mama caso algum sintoma apareça. Continue a leitura e saiba mais!

Como o câncer de mama afeta as mulheres no Brasil?

Nos anos mais recentes, infelizmente o Brasil não divulgou estatísticas muito precisas a respeito do câncer de mama.

Porém, temos estudos referentes ao ano de 2020 que nos dão uma ideia da dimensão desta doença.

A previsão do Instituto Nacional do Câncer era de que houvesse 66.280 novos casos de câncer notificados no país em 2020.

Em 2018, o último ano que aparece nos levantamentos oficiais, 17.572 brasileiras morreram devido a esta doença.

No entanto, o nosso objetivo neste post não é tratarmos da mortalidade da doença e sim das alternativas para prevenção e detecção precoce do câncer.

Quais são as causas do câncer de mama?

O câncer de mama não tem uma causa única. Ele é provocado por diversos fatores e, felizmente, muitos deles são evitáveis.

Quando se pensa em câncer, normalmente as pessoas associam seu desenvolvimento à herança genética.

Porém, de acordo com os dados do Instituto do Câncer, apenas entre 5 e 10% dos tumores da mama têm como causa isolada o fator genético.

Pelo menos 90% dos casos têm origem em fatores ambientais e comportamentais, como alimentação, prática de exercícios físicos, uso de cigarros, consumo de bebida alcoólica ou a soma de vários desses hábitos.

Saiba mais sobre esses fatores:

Fatores genéticos e hereditários que causam câncer de mama

Existem alguns sinais de que o câncer de mama pode ser causado por fatores genéticos.

Neste caso, os médicos observam uma alteração nos genes BRCA1 e BRCA2, que pode ser comprovada através de exames específicos.

Além disso, quando a mulher realmente tem uma carga genética que a predispõe ao câncer, é comum haver outros casos de câncer de mama na família.

Inclusive, uma das principais evidências de origem genética do câncer é a ocorrência de câncer de mama até mesmo em homens com grau de parentesco próximo.

Finalmente, o histórico de câncer de ovário na família também pode ser um indicativo de que existe uma alteração nos genes BRCA1 e BRCA2.

Fatores ambientais e comportamentais

Felizmente, os fatores ambientais e comportamentais são os principais causadores de câncer.

Esse “otimismo” tem um motivo: quando um fator é comportamental, isso significa que você é capaz de mudá-lo através de seus hábitos.

Os principais fatores ambientais e comportamentais que causam o câncer de mama são o sedentarismo, tabagismo, obesidade ou sobrepeso e consumo de bebidas alcoólicas.

Portanto, na maioria das vezes, somos capazes de mudar o nosso destino em relação ao câncer controlando esses fatores.

Fatores da história hormonal e reprodutiva

Chegamos aos fatores que são parcialmente controláveis. Afinal, nem sempre a nossa vida e rotina permitem alterá-los.

É fato que ter filhos e amamentar é um fator que protege a mulher do câncer. Mulheres que passaram por essa experiência têm menos chances de desenvolver esta doença.

Os outros fatores relacionados ao surgimento de tumores na mama são:

• Menarca precoce (primeira menstruação antes dos 12 anos);
• Uso de anticoncepcionais hormonais por um período prolongado;
• Primeira gravidez após os 30 anos;
• Menopausa após os 55 anos;
• Uso de medicamentos para reposição hormonal pós-menopausa por um longo tempo (especialmente acima de 5 anos).

Portanto, em relação aos fatores hormonais, podemos perceber que é importante evitar o uso prolongado de hormônios tanto no anticoncepcional quanto na reposição hormonal pós-menopausa.

Quais são os sintomas que indicam a possibilidade de um câncer?

Embora seja importante conhecer os sintomas do câncer de mama, nosso objetivo é fazer um apelo diferente a você.

O ideal é não deixar os sintomas aparecerem, pois quando isso acontece, o câncer já pode estar em um estágio um pouco mais avançado.

Então nossa recomendação é que você vá ao médico pelo menos uma vez a cada ano para realizar todos os exames de rotina.

Assim, caso os exames detectem algum tumor, você tem a certeza de que se trata de um problema recente, que ainda está em um momento favorável para o tratamento.

O período de retorno às consultas depende da orientação do seu médico. Em pacientes com uma carga genética que predispõe ao surgimento do câncer, eles costumam recomendar um ano de intervalo ou até 6 meses.

Porém, quando a paciente não tem nenhum indício de desenvolvimento do câncer, este período pode ser estendido para até 2 anos. Ouça sempre a recomendação do seu médico.

No entanto, além de fazer os exames, é importante que você saiba quais são os sintomas de câncer de mama para ficar atenta e buscar ajuda médica caso perceba algum desses sinais:

• Presença de caroço (s) fixo (s) e endurecido (s) ao apalpar as mamas;
• Alterações na aréola ou mamilo, localizados no bico do peito, como retração, mudança de cor, descamação, pele rugosa;
• Nódulos nas axilas ou pescoço;
• Secreção espontânea dos mamilos;
• Mudanças na pele da mama (alteração de cor, retração, depressões, enrugamento, aparência de uma casca de laranja);
• Inchaço excessivo e dor nas mamas.

Como identificar o câncer nos seios?

Durante a consulta, seu médico encaminhará você para realizar uma série de exames que ajudam a identificar o câncer precocemente. Veja quais são eles:

Mamografia diagnóstica do câncer de mama

A mamografia é um exame de imagem que mostra os tecidos da mama e também estruturas que se formam nela, como nódulos e cistos.

Assim, o médico costuma solicitar a mamografia anualmente ou a cada 2 anos para as pacientes que já completaram 35 anos de idade ou mais.

Mulheres muito jovens ainda têm as mamas muito densas. Por isso, a mamografia dificilmente consegue mostrar nódulos ou lesões.

No entanto, a partir dos 35 anos a mama começa a perder sua densidade e o exame se torna cada vez mais preciso.

É importante destacar que nenhuma cirurgia plástica nas mamas, nem mesmo a prótese de silicone, reduzem a capacidade do aparelho de detectar lesões nos seios.

Basta informar ao técnico que você tem próteses e ele ajustará o equipamento de mamografia para visualizar corretamente os tecidos da mama.

Ultrassonografia para detecção do câncer de mama

Assim como a mamografia, a ultrassonografia também é um exame de imagem que mostra os tecidos internos da mama.

Porém, ele é mais eficiente para mulheres jovens, pois mostra nódulos, cistos e outras lesões até mesmo quando as mamas ainda são densas.

Portanto, a ultrassonografia é indicada tanto para mulheres jovens quanto para as que, mesmo após os 35 anos, continuam com as mamas densas.

Biópsia para análise de nódulos

Nem todas as mulheres precisam realizar a biópsia. Afinal, ela é adequada para uma etapa posterior do diagnóstico, depois que outros exames já mostraram que existe uma lesão.

Funciona da seguinte forma: muitas vezes, a ultrassonografia ou a mamografia mostram que existe um nódulo na mama. Porém, o exame não tem como avaliar se o tumor é maligno ou benigno.

Então, na biópsia o médico retira um pedaço bem pequeno do tumor com um equipamento específico.

Este material é levado para o laboratório e analisado para que o médico saiba que tipo de nódulo é aquele e também para orientar o melhor tratamento em caso de malignidade.

Mamografia de rastreamento

Embora este seja um exame recomendado para mulheres entre os 50 e 69 anos porque ajuda a detectar o câncer de mama, sua indicação requer alguns cuidados.

A mamografia de rastreamento apresenta um risco maior devido à exposição aos raios-X e a possibilidade de resultado falso, com adoção de um tratamento desnecessário.

Portanto, o resultado da mamografia de rastreamento precisa de uma análise que considere também os laudos de outros exames para evitar um diagnóstico impreciso.

Como prevenir o câncer de mama?

É muito importante destacar que os exames periódicos não previnem o câncer de mama. Eles simplesmente permitem a detecção e tratamento precoce.

Como você se lembra, em outro tópico nós falamos sobre as causas do câncer e, segundo institutos especializados, os fatores ambientais e comportamentais são os mais importantes para o surgimento da doença.

Portanto, se você quer prevenir o câncer, a melhor atitude é abandonar hábitos não saudáveis, como o sedentarismo, uma alimentação inadequada, consumo de cigarro e de álcool.

Assim, você dará ao seu sistema imunológico todas as condições necessárias para detectar células alteradas e eliminá-las antes que se multipliquem e formem um tumor.

Agora você já tem as principais informações sobre o câncer de mama, suas causas, formas de prevenção e detecção precoce.

Como você percebeu, essas informações são muito importantes, pois uma mulher que conhece os sintomas e realiza os exames com frequência pode ter sua vida salva por esse conhecimento.

Então que tal ajudar as suas amigas a conhecerem todos esses fatos? Compartilhe o post em suas redes sociais e no WhatsApp.

Vamos juntas fazer uma campanha de conscientização e salvar a vida de muitas mulheres!