Ele é um remédio natural. Permite a síntese de vitamina D. Regula a produção de melatonina e ajuda o corpo a produzir substâncias que equilibram a pressão arterial. Porém, apesar desses e outros benefícios, evitar o sol após cirurgia plástica é fundamental para uma boa recuperação.
Em um país tropical, onde muitos amam andar bronzeados, esse cuidado pós-operatório pode até parecer exagerado. No entanto, existem muitos motivos para fugir do sol nesse período, e neste post você descobrirá quais são eles.
E então, quer saber mais sobre a importância de ficar longe do sol após cirurgia plástica?
Índice:
Por que é importante evitar o sol após cirurgia plástica?
Existem diversas razões que tornam o sol contraindicado no pós-operatório. Por vários motivos, a exposição à luz solar dificulta o processo de cicatrização.
Entenda agora de que forma o sol interfere na cicatrização!
Aumento do inchaço devido ao sol após cirurgia plástica
Quando nosso corpo esquenta, os vasos sanguíneos se dilatam. Consequentemente, ocorre um acúmulo de líquidos na região, que se torna mais inchada.
Depois de uma cirurgia plástica, a paciente precisa evitar esse inchaço. Ela já tem um acúmulo de líquido devido ao procedimento, e seu papel é ajudar a eliminá-lo rapidamente.
Portanto, tomar sol após a cirurgia plástica é ir na contramão desse cuidado e dificultar a eliminação de líquidos.
Ressecamento da pele
Após a cirurgia, a pele precisa se recuperar das lesões realizadas. O que nós chamamos de cicatrização envolve também a reepitelização, ou seja, o reparo do tecido da pele.
Para que isso aconteça, a pele precisa da quantidade adequada de água. Assim, sem uma boa hidratação, fica mais difícil formar as novas células de forma ordenada.
A manutenção dessa quantidade adequada de água envolve uma série de cuidados. Afinal, após qualquer lesão — uma cirurgia, um esfolamento — a pele do local fica naturalmente desidratada.
O sol também desidrata a pele. Portanto, ao expor-se a ele, a paciente agrava o estado de desidratação, dificultando a reepitelização e tornando a cicatrização muito mais lenta e complicada.
Possibilidade de abertura de pontos
Tanto o inchaço quanto o ressecamento dificultam a coaptação das bordas da incisão. Esse processo nada mais é do que a junção das partes que foram separadas durante a cirurgia.
Além disso, essas duas situações afastam essas bordas, exercendo uma pressão sobre os pontos. Você pode ver, em qualquer ferimento, que quando a pele está ressecada, ela se levanta, dificultando a cicatrização.
Diante disso, a possibilidade de abertura dos pontos se torna maior. Então, é melhor evitar o sol para não provocar essa complicação.
Desconforto do paciente
O inchaço não causa apenas o aumento do volume. Diante dessa situação, é normal o paciente sentir dores e latejamento.
Assim, um pós-operatório que tinha tudo para ser tranquilo pode se tornar doloroso devido à negligência nesse cuidado.
Escurecimento da pele por exposição ao sol após cirurgia plástica
Um dos principais desejos de pacientes que fazem uma cirurgia plástica é uma cicatriz bonita e discreta. Afinal, o objetivo é melhorar a aparência, e não criar marcas que chamam a atenção para a área operada.
A exposição ao sol após cirurgia plástica pode deixar não só a cicatriz, mas toda a área dessa região com marcas irreversíveis.
Isso acontece pelo seguinte: após o procedimento, é natural que o paciente fique com alguns hematomas ou equimoses, que formam manchas roxas. Além desse fato, a lesão na pele aumenta a produção de melanina no local.
Assim, ao tomar sol durante o pós-operatório, o paciente ativa células chamadas melanócitos. Eles produzem melanina, tornando a pele do local mais escura que tudo o que está à sua volta.
Também não podemos nos esquecer de que, durante a cirurgia, vasos sanguíneos são cortados. Então, o sangue se espalha pelos tecidos, tornando as manchas visíveis na pele.
A luz do sol reage com o ferro desse sangue das manchas, como se fosse a revelação de uma fotografia. Portanto, ela torna a pele onde estão os hematomas permanentemente escura.
A marca dos hematomas e equimoses, quando fixadas na pele por meio do sol, costuma se tornar tão resistente quanto às tatuagens.
Até existem produtos ou procedimentos para reverter esse problema. Porém, eles são mais complexos e exigem um investimento. Portanto, evitar o sol ainda é a melhor maneira de manter sua cicatriz e sua pele perfeitas após a cirurgia.
Quando o paciente pode tomar sol após a cirurgia plástica?
No primeiro mês após a cirurgia plástica, o paciente não pode tomar sol de jeito nenhum. Portanto, ele precisa evitar completamente a exposição solar nesse período.
A necessidade de cuidado fica bastante evidente nesse período. Afinal, o local fica inchado e com hematomas.
Vale a pena destacar que essa exposição não deve acontecer de nenhuma forma. Protetor solar químico e mesmo as roupas não evitam os efeitos maléficos do sol durante essa etapa da cicatrização.
Embora esse seja o período mais crítico, isso não significa que o paciente pode abusar do sol após 30 dias. Nos primeiros três meses após o procedimento, o corpo produz melanina intensamente.
Assim, a exposição ao sol por 90 dias ainda implica no risco de um escurecimento da pele no local operado. Esse risco só deixa de acontecer quando a cicatriz termina de amadurecer, mudando sua cor para branca.
Como isso demora a acontecer (entre 1 e 2 anos), a exposição ao sol nesse período deve ser feita com muito cuidado. Portanto, os médicos recomendam o uso de protetor solar e roupa por cima da cicatriz.
Também não podemos nos esquecer de que cada cirurgia plástica tem um tempo específico de recuperação, que ainda varia de acordo com o ritmo de cada organismo.
Então, nada melhor que solicitar a orientação do seu médico e retomar a vida normal — inclusive no que diz respeito ao ato de tomar sol — de acordo com a evolução do seu corpo e da sua cicatriz.
Entendeu por que é importante evitar o sol após cirurgia plástica? Quer saber mais sobre o pós-operatório? Continue aqui no blog e confira nosso artigo completo sobre esse tema!
A Master Health, há mais de duas décadas, alia conforto, segurança e zelo no tratamento de seus pacientes. Adepta do conceito de clínica vertical, a Master dispõe de quatro andares unicamente dispostos ao atendimento, favorecendo a privacidade de cada momento da cirurgia plástica ou tratamento realizado pelo paciente.
Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP
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