Tipos de olheiras: quais são as diferenças? É possível corrigir com cirurgia plástica?

O fato de existirem diferentes tipos de olheiras dificulta ainda mais o tratamento dessas marcas indesejáveis. Afinal, não importa quão jovem e saudável você seja, elas deixam a aparência cansada, envelhecida.

Para algumas pessoas, as olheiras são um problema passageiro. Assim, elas aparecem depois de algumas noites mal dormidas, em períodos de grande estresse ou até mesmo devido a alguma doença rápida.

Porém, para outras pessoas, acordar, olhar para o espelho e se deparar com essas marcas profundas é um drama diário. Haja maquiagem para disfarçar e, mesmo assim, nem sempre é possível fazê-las desaparecer.

Se você também está cansado de olhar para o espelho e se deparar com as olheiras, este post foi feito para ajudá-lo. Vamos falar dos diferentes tipos de olheiras e suas alternativas de tratamento. Confira.

Quais são os tipos de olheiras?

As olheiras são diferentes não só na forma como aparecem no rosto, mas também devido às suas causas. Entenda que diferenças são essas:

Tipos de olheiras: profunda ou estrutural

Muitas vezes, quando você vê uma pessoa que sofre com olheiras ainda jovem, o problema é estrutural. Isso significa que, geneticamente, o crânio tem uma cavidade mais profunda nesta região.

Portanto, não existem cremes, loções ou compressas geladas que resolvam esse problema. Existe uma depressão no local e, consequentemente, forma-se uma sombra que escurece a olheira, que assume uma cor acastanhada.

A causa desse tipo de olheira é genética. Inclusive, árabes e indianos tendem a apresentar esse tipo de olheira com uma frequência maior que outros povos.

Tipos de olheiras: hiperpigmentação

A olheira pigmentada é completamente diferente da anterior. Neste caso, não existe uma depressão profunda devido ao formato do crânio e nem questões estruturais.

No caso das olheiras pigmentadas, as pessoas sofrem um processo de depósito de pigmentos principalmente na parte inferior dos olhos, deixando a pálpebra inferior com uma coloração marrom acastanhada.

Porém, também é possível que a pigmentação aconteça nas pálpebras superiores, o que faz a olheira circundar todo o globo ocular.

A olheira pigmentada geralmente também tem causa genética e se torna mais comum entre as pessoas de determinadas etnias, predominantemente em pessoas de pele morena ou preta.

No entanto, até mesmo condições de saúde podem levar à hiperpigmentação.

Determinados processos inflamatórios, por exemplo, fazem com que íons de ferro consigam ultrapassar a parede dos vasos sanguíneos. Quando chegam à pele, eles a escurecem, como se fossem uma tatuagem.

Portanto, mesmo uma pessoa que nunca teve olheiras ou não apresenta essa tendência pode sofrer uma hiperpigmentação diante de um quadro inflamatório.

Tipos de olheiras: retenção vascular

A causa da olheira vascular é a dificuldade de circulação sanguínea na pálpebra inferior. Assim, não ocorre uma boa oxigenação e renovação do sangue, que se acumula e deixa a região aparentemente manchada.

Esse tipo de olheira tem a cor azulada, arroxeada ou até mesmo avermelhada. Também pode acontecer quando a pessoa não dorme bem.

Tipos de olheiras: causas mistas

Como se os tipos de olheiras anteriores não bastassem, algumas pessoas são premiadas com múltiplas causas de olheiras. Assim, elas podem ter tanto uma depressão na estrutura óssea da face quanto uma hiperpigmentação.

As combinações são diversas: olheira estrutural + olheira vascular, olheira estrutural + hiperpigmentação ou ainda olheira vascular + hiperpigmentação.

Nesses casos, é importante que o paciente entenda que o tratamento será ainda mais complexo. Afinal, um procedimento que clareia o pigmento não interfere na estrutura do rosto — e o contrário também é verdadeiro.

Como tratar os diferentes tipos de olheiras?

Atualmente, existem diversas alternativas para tratar ou disfarçar olheiras. Porém, é importante destacar que esse tratamento pode ser bastante complexo.

Alguns tipos de olheiras são bastante resistentes aos tratamentos. Por isso, além da persistência, é fundamental combinar procedimentos considerando o fato de que o problema pode ter múltiplas causas.

Então conheça as principais opções de tratamento:

Cosméticos

Já existem diversos cosméticos para o tratamento de olheiras. Muitas vezes, sua fórmula contém substâncias como a cafeína, que estimula a circulação sanguínea no local.

Outros produtos utilizam ainda a vitamina C, ácido ferúlico e ácido tranexâmico, entre outras possibilidades. Porém, é importante avaliar se essas fórmulas combatem o tipo de olheira que você manifesta.

Geralmente, os cosméticos não proporcionam nenhum efeito nas olheiras estruturais. Afinal, o problema dessa região está relacionado ao formato do crânio e à falta de preenchimento da pele sob a cavidade ocular.

Porém, esses cosméticos podem ser úteis para quem tem olheiras vasculares, por exemplo.

Lasers

Os tratamentos com lasers podem obter um excelente resultado quando o paciente apresenta hiperpigmentação na região dos olhos. Portanto, ele é uma alternativa muito interessante.

Talvez muitas pessoas não saibam, mas quando o profissional aplica o laser, os raios são atraídos pelos pigmentos. Assim, essa energia destrói esses pigmentos, proporcionando o clareamento.

Outra vantagem do laser é o fato de que, por provocar microlesões na pele, ele estimula a renovação daquele tecido e também a produção de colágeno. Portanto, a pele da região da olheira se torna mais firme e uniforme.

Atualmente, existem diversos tipos de lasers disponíveis em clínicas de estética. Entre eles, podemos destacar o Laser Spectra, Laser de CO2 fracionado, bem como outras opções.

Luz pulsada

Embora seja menos conhecida que o laser, a luz pulsada também pode promover um clareamento da região em volta dos olhos. Sua ação é especialmente benéfica no tratamento de olheiras vasculares.

Nesse procedimento, o profissional direciona feixes de luz para a região que precisa de tratamento. Essa luz também destrói os pigmentos e fecha os vasinhos em excesso, contribuindo para uniformizar o tom da pele.

Assim como o laser, a luz pulsada estimula a produção de colágeno. Portanto, garante benefícios imediatos e também tardios, por promover o rejuvenescimento da pele onde o equipamento foi utilizado.

Preenchimento com ácido hialurônico

Diferentemente dos outros procedimentos que já mencionamos, o preenchimento com ácido hialurônico é um tratamento efetivo para o tratamento das olheiras estruturais.

Afinal, como você viu nesse post, existe uma depressão e, por falta de preenchimento na cavidade ocular, a pele dessa região afunda, formando a olheira.

Então, o preenchimento hialurônico reduz a profundidade dessa depressão, amenizando as olheiras e ainda proporcionando diversos benefícios à pele.

Assim como os outros procedimentos que já mencionamos, o ácido hialurônico estimula a produção de colágeno, além de tornar a pele mais espessa, o que deixa os vasos sanguíneos menos visíveis.

A única desvantagem do ácido hialurônico é sua duração, pois o corpo o reabsorve ao longo dos meses, o que exige a realização periódica de novas aplicações.

Carboxiterapia

A carboxiterapia é a aplicação de gás CO2 medicinal nos tecidos que precisam de tratamento. Nesse caso, na camada inferior da pele, onde estão localizados os vasos sanguíneos que escurecem a região.

Assim, o gás carbônico medicinal atua nesses vasos, dilatando-os. Como resultado, a circulação sanguínea flui, evitando o acúmulo de sangue na região e clareando-a.

Mais uma vez, um dos efeitos colaterais desse tratamento é a produção de colágeno, o que significa rejuvenescimento da pele a médio prazo.

Peeling de ácido tioglicólico

O peeling de ácido tioglicólico é, na maioria das vezes, uma das opções para clarear aquelas manchas decorrentes de processos inflamatórios, como já falamos no tópico da hiperpigmentação.

Afinal, o ácido tioglicólico consegue dissolver e solubilizar os íons de ferro que mancham a pele. Dessa forma, eles são eliminados gradualmente, o que clareia a região da aplicação.

É importante destacar que todos esses tratamentos não resolvem os problemas das olheiras com uma única aplicação. Assim, todos eles precisam ser repetidos pelo menos algumas vezes.

Enquanto alguns necessitam de 3 a 4 sessões mensais, outros são aplicados quinzenalmente durante alguns meses. Por isso, é fundamental se programar para seguir a prescrição médica.

Cirurgia plástica para correção de olheiras

Para quem deseja um resultado mais duradouro e significativo, o tratamento de olheiras pode ser feito por meio de uma cirurgia plástica.

Vale a pena destacar que, embora o procedimento seja muito eficiente para olheiras estruturais e até mesmo vasculares, a cirurgia plástica não soluciona problemas de pigmentação.

Na blefaroplastia, que é a cirurgia plástica nas pálpebras, o médico elimina a flacidez e bolsas de gordura dessa região. Ele também consegue esticar a pele, disfarçando a profundidade da cavidade ocular.

Portanto, para quem tem aquelas bolsas nos olhos que se formam quando a pessoa acorda ou mesmo após um dia de trabalho — que denotam uma expressão de cansaço, trata-se de um procedimento extremamente eficaz.

A flacidez na pálpebra inferior também é um fator que causa ou agrava olheiras. Afinal, o excesso de pele forma uma dobra nessa região, o que acentua a sombra e o aspecto cansado.

Então, como você pode perceber, a blefaroplastia é uma alternativa para acabar com as olheiras, além de corrigir outros problemas estéticos e rejuvenescer a região dos olhos, que é uma das primeiras a apontar a idade.

E você, descobriu qual desses tipos de olheiras é o seu e qual é o tratamento mais adequado para eliminá-las? Gostou do conteúdo?

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