Você sabia que pode estar deixando de realizar seu sonho por causa de um mito? Sim, muitas mulheres, por terem receio de realizar uma nova cirurgia, deixam de aumentar os seios porque acreditam no mito de que a prótese de silicone tem validade.
E nós também sabemos que, embora a mamoplastia de aumento seja um procedimento extremamente seguro, algumas pacientes não gostariam de passar por uma nova cirurgia daqui a 10 ou 20 anos. Afinal, isso exige preparação, custos, tempo de repouso e outros transtornos.
Mas a grande questão é: será que se você colocasse silicone hoje, precisaria trocar a prótese daqui a alguns anos? É isso que vamos desmistificar. Então, continue a leitura para esclarecer este assunto e realizar seu sonho com tranquilidade!
Índice:
Entenda a origem do mito de que a prótese de silicone tem validade
Ao colocar uma prótese de silicone, seja nas mamas, glúteos, panturrilha ou outras partes do corpo, uma das preocupações é referente à validade desta prótese. Muitas pessoas ainda têm esta ideia porque os modelos utilizados nas décadas de 80 e 90 tinham uma média de vida útil de 10 anos.
Assim, era realmente algo estabelecido: quando o paciente completava uma década com a prótese, o médico orientava o agendamento de um procedimento para a troca. Algumas pessoas optavam pela substituição, enquanto outras preferiam retirar o implante para não fazer cirurgias a cada 10 anos.
E hoje, a prótese de silicone tem validade?
Depois desta etapa inicial, muita coisa mudou no universo da cirurgia plástica. Os índices de rejeição de prótese eram altos, alguns modelos tinham um desgaste acelerado do revestimento e as pacientes tinham até mesmo rupturas.
Mas como em toda a história da humanidade e da Medicina, os problemas mostram a necessidade de evoluir, de buscar alternativas. E foi isso que os fabricantes de próteses fizeram. Eles desenvolveram uma série de tecnologias e inovações que tornaram os implantes muito mais resistentes e seguros.
Entre essas mudanças, podemos destacar a utilização de um gel de alta coesividade para preencher a prótese. Anteriormente, os fabricantes usavam um silicone muito mais fluido, praticamente líquido, no interior do implante. Atualmente, isso ocorre de forma diferente.
Outra revolução aconteceu com a criação de uma superfície texturizada. Por ser rugoso, o invólucro da prótese dificulta a formação da película que o organismo forma em volta do implante. Isso reduziu muito a ocorrência de contratura capsular e, consequentemente, de rejeição.
Finalmente, não podemos nos esquecer de que os implantes se tornaram extremamente resistentes. Tanto o gel altamente coesivo quanto a superfície em camadas finíssimas tornaram a prótese capaz de suportar peso e impacto com uma resistência surpreendente.
Por isso, atualmente, a necessidade de troca da prótese de silicone é muito rara pelo fato de que esses avanços tecnológicos solucionaram praticamente todos os problemas que as pacientes tinham com os implantes.
Necessidade de troca das próteses de silicone
Porém, embora as próteses de silicone tenham passado por toda essa evolução, elas não se tornaram indestrutíveis. Existem situações extremas que podem causar ruptura e, nesses casos, o explante ou a substituição são indispensáveis.
Portanto, mesmo agora que você já sabe que a ideia de que a prótese de silicone tem validade não passa de um mito, vamos explicar quais são as situações que motivam a troca de implantes:
Ruptura da prótese
Um dos motivos para a troca é a ruptura da prótese. Porém, atualmente, este problema quase não acontece devido a um desgaste natural. Acidentes, quedas, pancadas ou ações violentas (infelizmente) são a origem mais comum dos problemas hoje em dia.
Nas próteses atuais, mesmo quando ocorre ruptura, o silicone não vaza. Afinal, ele é um gel de alta coesividade. No entanto, como existe uma abertura no invólucro, é preciso substituir o implante pela segurança da paciente.
Contratura capsular
Outro motivo para a substituição da prótese é a contratura capsular. Embora seja uma condição cada vez mais rara desde que os médicos começaram a utilizar implantes com superfícies texturizadas, cada organismo pode reagir de forma diferente.
Portanto, em algumas pessoas, devido a uma maior reatividade do sistema imunológico, o tecido cicatricial ao redor da prótese endurece e contrai, causando dor, deformidade e desconforto. Em casos graves, a contratura capsular pode distorcer a forma da mama, tornando a troca da prótese necessária para restaurar a aparência e o conforto.
Mudanças estéticas
Finalmente, temos uma situação que realmente gera uma quantidade significativa de trocas do implante. Mudanças estéticas nas preferências da paciente também podem motivar esta decisão. Com o tempo, a paciente pode desejar um tamanho ou formato diferente, buscando uma aparência mais natural ou, em alguns casos, um aumento ou redução do volume.
Então, a melhor opção é sempre ouvir o seu médico e suas recomendações quanto ao tamanho da prótese. Afinal, com toda a sua experiência, ele sabe o que é um tamanho compatível com seu biotipo. Isso evitará que você queira aumentar o volume depois porque teve medo de ousar ou que deseje reduzir os seios porque o tamanho ficou exagerado.
Substituição da prótese de silicone por mudanças corporais
As mudanças corporais significativas, como ganho ou perda de peso, gravidez e amamentação, também podem afetar a aparência das próteses nas mamas ou em outras regiões do corpo. Essas alterações podem tornar o tecido ao redor do implante mais flácido ou causar deslocamento da prótese.
Então, quando passam por essas situações, alguns pacientes optam pela troca da prótese e até mesmo outras cirurgias, como liftings. Isso pode ajudar a corrigir essas alterações, pois o implante é posicionado no local correto, restaurando uma aparência firme e equilibrada.
Presença de ondulações ou rugas
A presença de ondulações ou rugas visíveis na prótese é outro motivo para considerar a substituição. Quando falamos de aumento dos seios, por exemplo, algumas pacientes têm pouco tecido mamário. Por isso, se o cirurgião não utilizar a técnica ou o plano mais adequados, podem ocorrer problemas como o rippling.
Essas ondulações podem ser desconfortáveis e esteticamente desagradáveis. Então, o médico pode orientar a paciente a trocar a prótese por outra de tamanho mais adequado ou alterar o plano, colocando-a sob o músculo, por exemplo.
Esse tipo de intercorrência mostra a importância de realizar o procedimento com um cirurgião plástico qualificado, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Ele identificará, desde o primeiro momento, qual é a melhor técnica e o plano ideal para evitar esse tipo de intercorrência.
Infecções ou complicações pós-operatórias
Embora raras, as complicações pós-operatórias também podem exigir a troca da prótese. Em casos de infecção, a remoção temporária do implante pode ser necessária para tratar a infecção antes de colocar uma nova.
Como você pode ver, na maioria das vezes a substituição do implante não ocorre porque a prótese de silicone tem validade, e sim devido a fatores de saúde, estética e conforto. Cada passo deve ser discutido em detalhes com um cirurgião plástico qualificado, da sua confiança.
Métodos para avaliação da prótese de silicone
Através de exames de rotina como ultrassom e mamografia, é possível acompanhar a situação da prótese. Em determinados casos, a mulher pode ter a prótese a mais de 10 anos e não apresentar qualquer indício de que haja a necessidade de troca.
Porém, se ela detectar flacidez, coceiras, latejamento das mamas, ocorrência de mastite (inflamação das glândulas mamárias), rigidez, deformações, assimetrias e cistos, é essencial procurar um médico o quanto antes. A seguir, falaremos brevemente de alguns exames que podem detectar problemas com o implante.
Ultrassom
O ultrassom é frequentemente utilizado para detectar rupturas e identificar irregularidades na prótese. Este exame utiliza ondas sonoras para criar imagens detalhadas do interior da mama ou do local onde o implante foi colocado, permitindo ao médico visualizar a integridade da prótese e observar possíveis fissuras ou deformidades.
Mamografia
Para quem colocou silicone nos seios, outro exame importante é a mamografia. No entanto, é importante dizer ao técnico que realiza o procedimento que você tem implante, pois ele ajustará o aparelho para obter imagens precisas.
Embora a mamografia tradicional possa não ser suficiente para visualizar todos os detalhes, técnicas específicas, como a mamografia por deslocamento da prótese, melhoram a visibilidade do tecido mamário e da prótese. Este exame contribui para detectar rupturas e monitorar a saúde geral das mamas, especialmente em pacientes mais velhas.
Ressonância magnética
A ressonância é considerada um dos métodos mais precisos para avaliar a condição das próteses de silicone. Este exame utiliza campos magnéticos e ondas de rádio para produzir imagens detalhadas de regiões específicas do corpo.
A ressonância magnética é altamente eficaz na detecção de rupturas silenciosas, aquelas que não apresentam sintomas visíveis, e oferece uma visão clara do estado interno das próteses e do tecido circundante.
Exame clínico
Também não podemos nos esquecer do realizado por um cirurgião plástico ou um mastologista. Durante a consulta, o médico examina manualmente as mamas para detectar quaisquer anormalidades, como endurecimento, deformidade ou dor. A avaliação clínica complementa os exames de imagem, oferecendo uma visão abrangente da condição das próteses.
Afinal, quanto tempo vai durar a prótese de silicone?
Agora que você já sabe a verdade e entende que a ideia de que prótese de silicone tem validade não passa de um mito, talvez esteja se perguntando: “mas quanto tempo meu implante vai durar”? Não existe uma resposta definida para isso.
As próteses texturizadas surgiram no final dos anos 80 e início dos anos 90. Depois disso, ainda ocorreram algumas mudanças que a tornaram ainda mais segura e tecnológica. Desde então, muitos dos pacientes que fizeram há 20 ou 30 anos continuam sem nenhum problema. As trocas de implante foram poucas, quando comparadas à quantidade de pessoas que optaram pelo procedimento.
Portanto, embora saibamos que fatores relacionados à individualidade possam ocasionar um desgaste das próteses ou causar problemas como a contratura capsular, esses eventos são cada vez mais raros, aumentando a duração da prótese.
A Master Health, há mais de duas décadas, alia conforto, segurança e zelo no tratamento de seus pacientes. Adepta do conceito de clínica vertical, a Master dispõe de quatro andares unicamente dispostos ao atendimento, favorecendo a privacidade de cada momento da cirurgia plástica ou tratamento realizado pelo paciente.
Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP
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