A redução de orelha — ou otoplastia redutora — é uma das cirurgias plásticas em que o paciente tem a recuperação mais rápida. Sem necessidade de internação, ele volta para casa no mesmo dia, além de ter um pós-operatório muito tranquilo.
Infelizmente, nem todas as pessoas que se beneficiariam com esse procedimento o conhecem e por isso é importante explicarmos essa cirurgia e suas indicações.
Nem sempre nós conseguimos imaginar quantas pessoas não prendem seu cabelo até mesmo no calor ou escolhem um corte mais longo simplesmente porque têm vergonha do tamanho de suas orelhas.
Então fique aqui nesse post e descubra tudo que você precisa saber sobre a redução de orelha e também outros problemas que a otoplastia pode resolver.
Índice:
Indicações da cirurgia para redução de orelha
Embora ninguém fique medindo as orelhas das outras pessoas, nosso cérebro é tão obcecado por padrões que logo identifica algo desproporcional. O que é diferente desses padrões atrai olhares e, infelizmente, bullying.
Por isso, muitas pessoas cresceram ou passaram parte de sua vida ouvindo piadas e gozações. Recebem apelidos como Dumbo, orelhão e assim por diante.
Mas afinal, o que são orelhas consideradas normais, visto que as pessoas têm rostos e cabeças de tamanhos diferentes?
Embora realmente possa haver algumas pequenas variações, a maioria das pessoas se encaixa em uma média de altura, tamanho da cabeça e rosto, bem como outras medidas principais.
Então, para a maioria dessas pessoas, uma orelha normal mede de 6,5 a 7,5 cm de altura. A orelha chega a esse tamanho por volta dos 7 ou 8 anos de idade e permanece com pouquíssima variação ao longo da vida.
Sua largura, por sua vez, pode variar entre 50% e 60% da medida referente à altura. Portanto, a partir desses cálculos, o médico consegue identificar alterações significativas nessa proporção.
Visualmente, também é possível identificar uma orelha de tamanho normal. Geralmente, sua extremidade superior fica na mesma altura do fim das sobrancelhas, enquanto a parte inferior se alinha ao ponto mais baixo do nariz.
Quando a orelha ultrapassa esses padrões, a Medicina dá às orelhas grandes e desproporcionais o nome de macrotia (macro = grande/oto = orelha).
E a única solução para a macrotia é a cirurgia plástica de redução de orelha. A boa notícia é que esse procedimento, também conhecido como otoplastia redutora, tem uma ótima recuperação.
O procedimento de otoplastia redutora
É possível que você esteja curioso para saber como é a cirurgia que reduz o tamanho das orelhas. Portanto, vamos explicar tudo sobre o procedimento neste tópico.
Anestesia da otoplastia redutora
Muitas vezes, é possível fazer a otoplastia redutora com anestesia local e sedação. Portanto, o paciente dorme durante o procedimento e não sente dores ao longo da cirurgia.
Porém, em alguns casos, considerando o histórico clínico do paciente e o tempo previsto para a cirurgia, o médico pode optar pela anestesia geral, mas isso não altera o resultado do procedimento.
Procedimento médico durante a redução de orelha
Após a anestesia, o cirurgião começa as fazer as incisões pelas quais ele retira o excesso de pele e cartilagem. Essas incisões costumam ser demarcadas previamente, com base no tamanho e formato das orelhas de cada paciente.
Então o médico faz toda essa remoção e diminui o tamanho de ambas as orelhas ou de apenas uma. Afinal, algumas pessoas têm macrotia unilateral, ou seja, apenas uma das orelhas é maior que o tamanho normal.
Todo esse trabalho é feito com muita delicadeza e perícia técnica, pois o cirurgião faz essas alterações no tamanho, mas preserva o contorno da orelha e ainda faz o possível para que as cicatrizes fiquem camufladas.
Esse processo envolve a remoção da pele e cartilagens, realinhamento e remontagem das estruturas, cuidados para manter a simetria em relação à outra orelha e, finalmente, a sutura, que marca o fim do procedimento.
Duração da otoplastia redutora
Como você pode ver, a otoplastia redutora envolve um trabalho muito preciso e delicado, que visa não só a redução da orelha, mas deixar o paciente com o mínimo de cicatrizes visíveis possível.
Por isso, na maioria das vezes, o médico consegue realizar o procedimento em um período que varia entre duas e três horas. Além disso, o paciente fica em observação por até 12 horas após o procedimento.
No entanto, é bastante comum que o paciente receba alta no mesmo dia da operação. Assim, ele retorna para casa e pode concluir sua recuperação no conforto do próprio lar.
Idade para realização da otoplastia redutora
A otoplastia redutora é uma das poucas cirurgias plásticas que podem ser realizadas até mesmo por crianças. Portanto, é possível corrigir o problema antes que a pessoa chegue à adolescência.
Geralmente, os médicos autorizam a realização de otoplastia redutora a partir dos 7 ou 8 anos. Afinal, nesse momento as orelhas já estão completamente desenvolvidas e podem ser alteradas.
Recuperação da otoplastia redutora
Como já falamos, o pós-operatório da otoplastia redutora é um dos mais tranquilos. Afinal, essa região do corpo tem uma velocidade de cicatrização impressionante.
Assim, em grande parte dos casos, o paciente consegue retornar à maioria de suas atividades em cerca de 5 dias. Mesmo assim, durante esse período, ele não precisa ficar deitado e pode realizar tarefas leves.
Pacientes que trabalham sentados, utilizando computadores, por exemplo, conseguem facilmente trabalhar 2 ou 3 dias após a cirurgia. Apenas quando sua atividade exige esforço físico, esse período aumenta para até 14 dias.
Os principais cuidados em relação à cirurgia de redução de orelha são o uso da faixa cirúrgica e a manutenção de uma posição adequada para se deitar e dormir. Veja algumas informações importantes sobre essas recomendações:
Uso da faixa após redução de orelha
Após a otoplastia redutora, o médico recomenda o uso da faixa de otoplastia por cerca de 10 dias. Trata-se de um acessório que circunda a cabeça, protegendo as orelhas e mantendo-as na posição correta.
Então, nos primeiros 10 dias, o paciente deve utilizar essa faixa durante todo o tempo, inclusive para dormir. O médico só recomenda retirá-la no momento do banho.
Entre 10 dias e 2 meses após a cirurgia, o médico recomenda utilizar a faixa ao dormir e ao realizar atividades físicas. Nos outros momentos do dia, o paciente pode retirá-la e se dedicar às suas tarefas normalmente.
Posição adequada ao deitar ou dormir
Outro cuidado muito importante após a otoplastia é a atenção em relação à posição para dormir. Afinal, o paciente não deve depositar o peso da cabeça sobre qualquer uma das orelhas e nem correr o risco de dobrá-las.
Portanto, ele deve dormir com o rosto virado para cima e não se deitar de lado durante a recuperação. Os médicos recomendam ainda colocar um travesseiro mais alto sobre a cabeça.
Ao manter a cabeça um pouco mais alta que o corpo, o sangue tende a descer em direção ao tronco. Assim, o paciente reduz o fluxo no local, inchaço ou possíveis sangramentos.
Para quem não tem o costume de dormir com a barriga para cima, uma boa dica é cercar lateralmente o corpo com travesseiros altos e dar sustentação também na perna, atrás dos joelhos. Isso evita a movimentação noturna.
Outras indicações da otoplastia
Você conheceu neste post a otoplastia redutora, que é a cirurgia plástica para redução de orelhas. Porém, talvez esteja imaginando se também existem procedimentos para resolver outros problemas estéticos nesta região.
A boa notícia é que sim, existem cirurgias plásticas para corrigir diversos problemas na orelha, desde os mais simples — como a orelha de abano — até deformidades congênitas muito raras.
Veja a seguir quais são algumas dessas possibilidades cirúrgicas:
Correção de orelha de abano
Quando a pessoa tem as orelhas de abano, as cartilagens superiores de sua orelha são projetadas para fora. Assim, em vez de permanecerem mais próximas à cabeça, as orelhas se afastam dela.
Então, o médico pode optar por diferentes abordagens à orelha de abano. Uma delas é a sutura de pontos estratégicos na parte de trás da orelha, fixando-a.
Porém, nem sempre esse é o procedimento mais adequado. Por isso, o cirurgião também pode retirar parte da cartilagem e da pele, o que mantém a orelha na posição mais adequada.
Microtia
Nesse post falamos bastante sobre orelhas grandes. Porém, algumas crianças nascem com orelhas muito pequenas, sem parte desse órgão ou ainda sem orelha.
Assim, o médico precisa reconstruir a orelha, muitas vezes fazendo enxertos de pele e cartilagem de outras regiões do corpo. Trata-se de um procedimento bastante delicado.
Assimetria
As orelhas podem ser assimétricas no tamanho, ou seja, uma maior que a outra, ou em sua posição. Esse último caso é ainda mais desafiador. Portanto, para corrigir assimetrias, o médico também realiza a otoplastia.
Orelhas constritas
Esse é um problema não muito conhecido. As orelhas constritas têm mais dobras e voltas que uma orelha normal, como se fossem um pergaminho enrolado de forma irregular.
Em alguns casos, além das dobras, a orelha pode formar inclusive alguma ponta. Então, mais uma vez, o médico precisa retirar ou reposicionar as cartilagens e pele para deixá-la no formato adequado.
Correção do lóbulo
A correção do lóbulo é outro procedimento comum, especialmente em homens de mais idade. Nessa cirurgia, eles querem reduzir essa parte da orelha, que se torna mais flácida no decorrer dos anos.
Porém, o lóbulo pode precisar de correção também em caso de uso de alargadores e acidentes causados quando acessórios nesta região são muito pesados ou enroscam em outros objetos, causando rompimento.
Correção da orelha de lutador
Levar pancadas faz parte da profissão de lutador. Por isso, ao longo da vida, muitas pessoas que se dedicam a esse esporte passam por traumas que deformam a região. A otoplastia pode corrigir essas deformidades.
Agora você já sabe não apenas como é a cirurgia para redução de orelha, mas também conhece outros problemas estéticos que a otoplastia pode solucionar.
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A Master Health, há mais de duas décadas, alia conforto, segurança e zelo no tratamento de seus pacientes. Adepta do conceito de clínica vertical, a Master dispõe de quatro andares unicamente dispostos ao atendimento, favorecendo a privacidade de cada momento da cirurgia plástica ou tratamento realizado pelo paciente.
Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP
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