Se você tem interesse em fazer uma cirurgia plástica, provavelmente já sentiu curiosidade a respeito de como o procedimento é feito. No entanto, se as pessoas têm esse interesse, porque não é fácil encontrar vídeos de abdominoplastia para que elas tirem suas dúvidas?
Se você também faz essa pergunta, continue a leitura. Vamos explicar quais são os cuidados que o médico precisa ter na divulgação deste tipo de imagem e as razões de todo esse “mistério” a respeito da cirurgia.
Ficou curioso? Então, entenda melhor o assunto agora!
Índice:
Por que é difícil encontrar vídeos de abdominoplastia?
No Brasil, a atividade profissional do médico e a divulgação de seu trabalho precisa seguir regras bastante estritas. Os motivos para isso são diversos: não expor pacientes, não tratar a medicina como mercadoria, não criar expectativas irreais, não gerar sensacionalismo, entre tantos outros.
Então, por esse motivo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) veta uma série de ações de divulgação. Essas restrições vão desde atos simples, como postar uma foto com um determinado paciente, até a exposição de procedimentos, como é o caso da abdominoplastia.
Todas essas normas fazem parte do Código de Ética Médica. Assim, o cirurgião que não cumpre essas determinações pode sofrer penalidades que incluem suspensão, interdição ou mesmo cassação do registro profissional.
O que os médicos não podem exibir em suas publicações?
Diante disso, fica a dúvida: o que o médico pode ou não exibir em suas diversas publicações?
- fotos com pacientes durante a consulta;
- fotos e vídeos de procedimentos e cirurgias;
- imagens de partes do corpo no pré e pós-operatório;
- apresentação de resultados de cirurgias;
- conteúdos de autopromoção que visam a captação de clientes.
E por que é importante você saber isso? Porque essas restrições significam respeito ao seu direito à privacidade. Portanto, trata-se de um ato de valorização do ser humano acima do apelo comercial que uma imagem pode ter.
Nas palavras usadas parecer CRM-MG Nº 68/2019, do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, o objetivo é “assegurar aos indivíduos o direito à vida privada, à imagem, à integridade fisicopsíquica e à intimidade, com fundamento no Princípio da Dignidade da Pessoa Humana”.
A cirurgia de abdominoplastia pode ser filmada?
Tanto a consulta quanto a cirurgia podem ser filmadas. Afinal, o simples registro desses procedimentos não infringe a Lei nem o Código de Ética Médica. Porém, a realização de vídeos de abdominoplastia e outras cirurgias plásticas deve obedecer algumas normas:
O registro da cirurgia deve ser consentido
Tanto o paciente quanto o médico e outros membros da equipe cirúrgica têm seus direitos de imagem assegurados. Portanto, se o cirurgião deseja fazer um vídeo do procedimento para utilizá-lo em uma aula, por exemplo, todos os presentes precisam concordar com essa ação.
Isso também acontece quando o paciente toma a iniciativa de filmar a cirurgia. Afinal, para alguns deles, esse é um momento importante da vida, que eles querem registrar.
Porém, o médico e a equipe precisam consentir. Além disso, nem todos os hospitais permitem a realização do vídeo.
Os vídeos de abdominoplastia não podem ser usados comercialmente
Os vídeos de abdominoplastia complementam, mas não substituem, o prontuário do paciente. Então, cabe ao médico guardar essas imagens sob absoluto sigilo, exceto quando a finalidade é nobre e autorizada pelo paciente.
Assim, suponha que um professor de Medicina solicite ao paciente o direito de exibir as imagens para ensinar aos seus alunos. Se houver consentimento, o médico pode mostrar o vídeo, desde que o profissional use recursos que impedem a identificação da pessoa.
Em nenhum momento esta imagem, seja em foto ou em vídeo, pode ser usada com finalidade promocional ou comercial.
O médico é responsável pela segurança das imagens
O médico é responsável pelas imagens feitas durante a cirurgia. Portanto, cabe a ele providenciar mecanismos de proteção que impeçam seu vazamento e divulgação, mesmo que acidental.
Por ser parte do prontuário, a imagem deve ser guardada por 20 anos. Depois desse período, ela pode ser destruída e, caso não seja, o médico permanece responsável por seu sigilo.
Como entender o procedimento sem os vídeos de abdominoplastia?
Talvez você esteja pensando: “eu entendo todo esse cuidado com a privacidade. Porém, também acho complicado não saber o que acontece durante uma abdominoplastia”.
Calma! Para ter essas informações, você não precisa do vídeo de uma cirurgia real. Afinal, instituições como a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos disponibilizam animações em 3D que mostram o procedimento de forma bastante realista.
De qualquer forma, vamos explicar a você as etapas desse procedimento:
1. Anestesia
Antes do procedimento, o anestesista aplica tanto o sedativo quanto a anestesia. Porém, vale a pena destacar que a equipe monitora o paciente durante toda a cirurgia. Ele dorme, sem ter ideia do que acontece à sua volta.
2. Incisões
Para a abdominoplastia clássica, o médico faz uma incisão levemente curva na área pubiana. Assim, de modo geral, ela acompanha o formato da cintura da calcinha, porém um pouco mais abaixo.
A segunda incisão contorna toda a pele que o médico irá retirar durante a cirurgia, mantendo as bordas arredondadas. Então, ela parte das extremidades da incisão anterior e pode chegar à parte inferior do abdômen, ao umbigo ou acima dele.
Vale a pena destacar que o médico calcula milimetricamente o tamanho dessas incisões. Afinal, quando chegar ao final do procedimento, as bordas precisam se encaixar perfeitamente para deixar o abdômen liso e bonito.
Também não podemos nos esquecer que o médico faz uma incisão ao redor do umbigo. Assim, ele poderá retirar toda a pele que está em volta dele para eliminar a flacidez e, ao mesmo tempo, mantê-lo na posição correta.
3. Retirada do excesso de pele
Nesta etapa, o médico levanta a pele em excesso, descolando-a do abdômen. Ele também pode eliminar algum tecido que está abaixo dela e usar outras técnicas para costurar a musculatura do abdômen.
É bastante comum, especialmente após uma gravidez ou um ganho acentuado de peso, que os músculos do abdômen se tornem afastados. Assim, após a gestação ou a perda de peso, o cirurgião os costura ao centro por meio de plicaturas.
4. Estiramento da pele do abdômen
O médico puxa a pele que não foi retirada, para que ela cubra perfeitamente a parte inferior do abdômen. Assim, com essa região esticada e na posição definitiva, ele faz um corte que abre espaço para o umbigo.
Então, ele começa a suturar todas essas incisões. O cirurgião costura o umbigo aos tecidos à sua volta, escondendo a cicatriz da melhor forma possível.
Na área pélvica, o cirurgião realiza a principal sutura. Portanto, ele une essas bordas, deixando o abdômen liso e firme. Ainda antes de encerrar a cirurgia, o médico faz uma série de pequenos procedimentos.
Um desses procedimentos é a colocação de drenos. Eles têm como objetivo ajudar o corpo a eliminar o líquido que os tecidos liberam durante a cirurgia e no início do processo de cicatrização.
Porém, é importante destacar que o médico fecha as incisões com suturas em uma série de camadas, o que mostra todo o cuidado e precisão que o cirurgião precisa ter durante esse tipo de procedimento.
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A Master Health, há mais de duas décadas, alia conforto, segurança e zelo no tratamento de seus pacientes. Adepta do conceito de clínica vertical, a Master dispõe de quatro andares unicamente dispostos ao atendimento, favorecendo a privacidade de cada momento da cirurgia plástica ou tratamento realizado pelo paciente.
Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP
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