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A atual compreensão sobre a possibilidade de uma pessoa se identificar com um gênero diferente de sua configuração biológica levou inúmeros especialistas a adaptarem suas práticas. Na cirurgia plástica, por exemplo, são cada vez mais comuns procedimentos como a mastectomia masculinizadora.

E você, sabe que cirurgia é essa e como ela é feita? Quer entender melhor quais são as indicações deste procedimento, que mudanças ele causa no corpo e se existe algum risco? Então, continue a leitura! Este post foi feito para desvendar alguns mitos sobre este assunto. Confira!

Definição da mastectomia masculinizadora

No universo da Medicina, mastectomia é o nome dado a qualquer cirurgia realizada com a finalidade de retirar a mama. A indicação mais frequente é para pacientes com câncer, que necessitam da extração de tecidos com desenvolvimento de tumor.

Porém, a retirada da mama também pode acontecer por razões estéticas relacionadas à identificação com um determinado gênero. Assim, muitas pessoas que nasceram como mulheres, mas se identificam como homens, estão realizando esta cirurgia.

Na mastectomia masculinizadora, o médico retira todo o tecido mamário dos seios daquele paciente, mantendo apenas uma pequena quantidade de gordura necessária para modelar a região, bem como as aréolas, que também podem ser remodeladas para ficarem proporcionais.

O objetivo é criar uma nova configuração para o tórax do paciente, fazendo com que ele deixe de ter características femininas nesta região e passe a apresentar características masculinas. Trata-se de uma cirurgia de relativa complexidade, mas muito segura e com resultado satisfatório.

Procedimento da mastectomia masculinizadora

É possível que você esteja curioso para saber como a mastectomia masculinizadora é feita. Por isso, neste tópico, explicaremos brevemente como é o procedimento. Inclusive, não existe uma forma única de fazê-lo. O médico pode usar diversas técnicas, conforme o tamanho das mamas, quantidade de pele etc.

Mastectomia masculinizadora subcutânea

Esta técnica permite que o médico retire o tecido mamário feminino, mas mantenha a aréola e o mamilo intactos. Em um mundo ideal, esse tipo de mastectomia é o sonho de quem deseja retirar os seios, deixando o mínimo de marcas possíveis.

Para isso, o médico faz uma incisão na parte inferior da aréola e retira o tecido mamário. Se houver uma quantidade pequena deste tecido, até mesmo a sucção com o equipamento de lipoaspiração permite a solução do problema.

Porém, embora esse seja o procedimento com que muitos pacientes sonham, ele é possível apenas em poucos casos. Para que este procedimento atinja o resultado esperado, as mamas precisam ser bem pequenas e a pele não pode apresentar flacidez.

Mastectomia masculinizadora com técnica periareolar

Na mastectomia periareolar ou circumareolar, o médico faz duas incisões ao redor de toda a aréola para, a partir desta abertura, retirar o tecido mamário. Portanto, a cicatriz forma um círculo em volta da aréola, contornando o bico do peito.

A mastectomia periareolar costuma ser indicada para pacientes com mamas que variam entre o tamanho pequeno e moderado. Assim como na mastectomia subcutânea, a pele não deve ser flácida e precisa ter uma boa elasticidade.

Nesta técnica, o médico consegue retirar não apenas o tecido mamário, mas também algum trecho de pele. Portanto, trata-se de uma técnica viável em muitos casos.

Mamoplastia masculinizadora periareolar estendida

Trata-se de uma técnica muito semelhante à periareolar. Porém, nesses casos, o médico faz uma incisão adicional e horizontal de cada lado da aréola com objetivo de retirar uma quantidade maior de tecido (glândula mamária ou pele).

Esta alternativa costuma ser indicada quando o paciente tem mamas um pouco maiores que o tamanho mais apropriado para o uso da técnica periareolar. Porém, ainda assim, uma incisão adicional é suficiente para solucionar o problema sem a necessidade de uma incisão dupla.

Então, para ter uma ideia mais clara, você pode pensar no formato da cicatriz após a cirurgia. O paciente fica com uma marca circular em volta da aréola e também com duas linhas horizontais, uma de cada lado do bico do seio.

Dependendo do padrão de cicatrização de cada paciente, essas linhas tendem a ficar discretas. Além disso, se houver uso de hormônios, provavelmente nascerão pelos nesta região, encobrindo ainda mais a cicatriz.

Mastectomia masculinizadora com incisão dupla

Quando o paciente tem mamas moderadas ou grandes, o médico pode utilizar a técnica de incisão dupla, pois ela permite a retirada de uma quantidade maior de tecido mamário e também de pele. Este tipo de cirurgia possibilita ainda a eliminação da flacidez.

Para realizar esta cirurgia, o médico faz duas incisões horizontais no tórax do paciente. Elas ficam em posições paralelas, uma acima e outra abaixo do tecido mamário. Desta forma, o cirurgião consegue retirar uma extensão maior da glândula mamária, bem como da pele.

Mitos e verdades sobre a mastectomia masculinizadora

A partir deste tópico, desmistificaremos algumas crenças comuns a respeito da mastectomia masculinizadora. Veja a seguir:

A técnica subcutânea é a melhor opção

Mito. Aparentemente, a princípio, esta afirmação está correta. Afinal, é a técnica em que o médico faz uma incisão menor e, consequentemente, a cicatriz tende a ser muito mais discreta. Porém, na prática, não é exatamente assim. A melhor técnica é aquela que consegue solucionar o problema do paciente.

Portanto, se o paciente tem mamas maiores, que naturalmente já implicam em uma quantidade maior de pele, a técnica subcutânea não conseguirá solucionar o problema dele. Assim, não se trata da melhor opção para todos esses casos.

A técnica subcutânea tem apenas vantagens

Mito. Embora tenha, sim, a vantagem de uma cicatriz discreta e até mesmo um pós-operatório mais simples, a mastectomia subcutânea pode apresentar um problema. Afinal, com uma incisão tão pequena, o médico não tem acesso total ao tecido mamário.

Isso faz com que, apesar de todos os esforços, o médico nem sempre consiga remover todo o tecido mamário daquela região. Consequentemente, após a cicatrização, o tórax pode ter um contorno irregular. Para solucioná-lo, o paciente precisa realizar um procedimento de revisão.

O médico pode alterar também as aréolas do paciente

Verdade. Não existe uma regra clara quanto a isso, mas a aréola da mama feminina tende a ter um diâmetro um pouco maior que o bico do peito masculino. Portanto, se o objetivo é deixar o tórax com a aparência mais masculina possível, pode ser necessário remodelar a aréola.

Para isso, o médico faz duas incisões circulares concêntricas em volta de toda a aréola, ou seja, um círculo maior na borda do bico do peito e outro círculo alguns milímetros menor. O trecho entre essas duas incisões é retirado, deixando a pele mais escura em um tamanho proporcional.

Como você pode perceber, é mais fácil fazer esta adequação quando o médico realiza a incisão periareolar ou incisão dupla. Então, como você pode perceber, cada técnica tem suas vantagens e desvantagens, o que torna a decisão muito baseada em fatores e características individuais.

Não é possível amamentar após a mastectomia

Verdade. O médico retira praticamente todo o tecido mamário durante a mastectomia. Portanto, a pessoa se torna impossibilitada de produzir leite e alimentar um bebê. Vale a pena ressaltar este ponto, visto que hoje as famílias têm inúmeras configurações e, mesmo se identificando como homem, uma pessoa pode ter um bebê.

A cicatriz da mastectomia fica muito visível

Depende. Como vimos, algumas técnicas têm, como resultado, uma cicatriz quase insignificante. Já outras deixam marcas mais aparentes, com incisões sob a mama, que podem ser mais visíveis. Porém, geralmente, a transição de gênero não envolve apenas a cirurgia plástica.

É bastante comum, entre as pessoas que fazem esta transição, o uso de hormônios que alteram outras características físicas, deixando a aparência mais masculina. Consequentemente, nascem pelos, tanto no rosto quanto na região do peito.

Por isso, algumas pessoas ficam com uma cicatriz menos perceptível após a mastectomia. A linha fica em uma cor muito semelhante à da pele à sua volta, ela treina para deixar o peito musculoso, o que forma um sulco que esconde a incisão, os pelos crescem…

Essas variações são muito imprevisíveis, pois dependem realmente das características físicas e do padrão de cicatrização de cada pessoa. Portanto, não é possível prometer um resultado neste sentido, mas os pacientes costumam ficar bastante satisfeitos.

O paciente perde a sensibilidade nos mamilos

Depende, mas geralmente é um mito. Muitas vezes, o médico retira a pele e o tecido mamário, mas ainda consegue manter a aréola e os mamilos conectados aos tecidos subjacentes, ou seja, que ficam naturalmente abaixo deles.

Quando a manutenção desta conexão é possível, praticamente não ocorre perda de sensibilidade nesta região. Como já falamos, cada organismo é único e essa situação pode ocorrer, mas não é uma regra.

Outras cirurgias relacionadas à transição de gênero

Quando falamos em transição de gênero, existem muitas diferenças entre o corpo masculino e o feminino. Logo, quanto mais a pessoa desejar se parecer com o gênero com o qual se identifica, maiores serão as alterações que ela precisará realizar em sua aparência.

Por isso, além da mastectomia masculinizadora, pessoas que optam pela transição do gênero feminino para o masculino podem precisar dos seguintes procedimentos:

Histerectomia e salpingo-ooforectomia

São procedimentos que removem o útero, tubas uterinas (trompas de Falópio) e ovários. Como você pode ver, não se trata de uma mudança na aparência. Ainda assim, essas cirurgias podem ser recomendadas pelo médico.

Esta recomendação acontece porque, na transição, existem pacientes que adotam a terapia hormonal a longo prazo. Por isso, esses órgãos ficariam sujeitos à ação desses hormônios e poderiam apresentar problemas. A retirada deles previne diversas consequências à saúde.

Cirurgia de contorno corporal

A adequação do contorno corporal serve para modelar o corpo do paciente, deixando-o com características mais alinhadas ao gênero para o qual ocorreu a transição. Ao assumirem a identidade masculina, muitos pacientes não querem ter cintura fina, bumbum grande e assim por diante.

Portanto, o médico pode indicar cirurgias como lipoaspiração, lipoescultura ou gluteoplastia redutora, de acordo com as características que incomodam cada paciente. São intervenções altamente personalizadas, que buscam adequar o corpo da pessoa à imagem que ela deseja ter.

Reconstrução genital e implantes de testículo

A reconfiguração do corpo pode incluir ainda a criação de um pênis construído a partir de tecido clitoriano e enxertos de tecidos de outras partes do corpo. Na escrotoplastia, o médico insere implantes de testículos, formando uma bolsa escrotal bastante realista.

Agora você já sabe como é feita a mastectomia masculinizadora, bem como os mitos e verdades sobre este assunto. Se você está passando pela transição de gênero e deseja contar com os melhores especialistas em cirurgia plástica para adequar sua imagem, agende sua consulta com a nossa equipe.

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A Master Health, há mais de duas décadas, alia conforto, segurança e zelo no tratamento de seus pacientes. Adepta do conceito de clínica vertical, a Master dispõe de quatro andares unicamente dispostos ao atendimento, favorecendo a privacidade de cada momento da cirurgia plástica ou tratamento realizado pelo paciente.
Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP

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