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Para muitas pessoas, o sonho de fazer um procedimento e mudar algum traço do rosto ou do corpo esbarra em um obstáculo. Quando se trata de cirurgia plástica e doença autoimune, qual é o limite de segurança?

Não vamos prometer, neste post, que você terá todas as respostas. Afinal, este é um tema que permanece em estudo. Porém, você terá acesso às informações que a Medicina dispõe hoje para pensar no assunto com cautela e tomar uma decisão consciente.

Ficou interessado? Então, continue a leitura!

O que é uma doença autoimune?

Nosso sistema imunológico foi feito para nos defender. Então, diante de uma ameaça real como a presença de vírus, bactérias, substâncias tóxicas ou mesmo lesões, ele desencadeia processos para expulsar os invasores e restabelecer a normalidade.

Esses processos, entre os quais está a inflamação, são extremamente úteis. Porém, eles deveriam ocorrer de forma pontual (em algumas situações específicas) e apenas para nos defender desses invasores.

No entanto, em algumas pessoas, o sistema imunológico fica confuso. Ele perde sua capacidade de reconhecer esses inimigos reais e passa a considerar uma série de situações inofensivas como altamente ameaçadoras.

Quer alguns exemplos? Um deles, e bastante comum, é a alergia. Imagine que você comeu amendoim. Assim, em uma situação normal, o amendoim é uma grande ameaça? Ele mata pessoas? Não.

Porém, se a pessoa é alérgica, o sistema imunológico identifica a proteína do amendoim como um invasor perigosíssimo. Então, ele libera histaminas, que desencadeiam uma reação alérgica.

Essas reações podem ser simples, como uma náusea, sensação de nariz congestionado, urticária, coceira, dor abdominal, cólicas, diarreias…

No entanto, outras vezes, as histaminas produzem anafilaxia. Assim, a pessoa pode ter broncoespasmo, aperto no peito, uma síncope, choque hipovolêmico e obstrução das vias aéreas superiores. A reação pode ser fatal.

E o que isso significa? Que em algumas pessoas, o sistema imunológico não é capaz de reconhecer os inimigos reais. Portanto, no paciente com uma doença autoimune, esse sistema exagera em suas ações de defesa e passa a atacar o próprio organismo, produzindo uma série de problemas.

Quais são as doenças autoimunes?

Existem diversas doenças autoimunes. Uma delas é o diabetes tipo 1, ou diabetes juvenil. Um sistema imunológico enlouquecido simplesmente identifica as células beta do pâncreas como inimigas. Então, ele ataca essas células e as mata.

O problema é que essas células beta são as que produzem insulina. Assim, a pessoa deixa de liberar um hormônio que é fundamental para uma série de processos do organismo, inclusive o aproveitamento dos nutrientes dos alimentos pelas células.

Outros exemplos comuns são o lúpus, no qual o sistema imunológico ataca diversos tecidos do corpo: pele, articulações, pulmões, rins, fígado, coração, entre outros. Na atrite reumatoide, as células de defesa atacam as articulações.

A asma também é outro exemplo bastante comum. Nesse caso, o organismo provoca uma inflamação e inchaço nas vias aéreas, responsáveis pela respiração. Então, sem o medicamento adequado, a pessoa pode morrer sufocada.

Mas o que isso tem a ver com a cirurgia plástica e doença autoimune? Você vai descobrir no próximo tópico.

Cirurgia plástica e doença autoimune: qual é o risco?

Qualquer cirurgia, inclusive as que têm objetivos estéticos, provoca uma lesão no organismo. Logicamente, esta lesão é controlada e tem sempre como objetivo um bem maior que o “dano”.

Devido à lesão, o organismo desencadeia um processo inflamatório. Porém, para as pessoas com seu sistema imunológico funcionando perfeitamente, essa inflamação passa em dias ou semanas, e o organismo volta ao seu estado normal de equilíbrio.

Na pessoa com doença autoimune, essa reação inflamatória pode ser exagerada. Lembre-se, o sistema imunológico pode detectar uma ameaça como algo muito maior do que ela realmente é e, a partir daí, coordenar um ataque aos tecidos do organismo.

Quais são os riscos relacionados à cirurgia plástica e doença autoimune?

Basicamente, o médico considera três aspectos principais:

Gravidade da doença autoimune e seu nível de atividade

Existem doenças autoimunes que são mais sérias. Portanto, se o médico entende que uma “provocação” ao sistema imunológico pode trazer um impacto negativo muito grande à saúde do paciente, ele não recomenda a cirurgia plástica.

O segundo fator é o nível de atividade desta doença. Ela está muito ativa no momento ou faz tempo que o paciente não tem uma crise ou episódio típico dessa patologia? Existe um risco grande de “despertá-la” com o procedimento e sua reação inflamatória?

Se a doença está sob controle, as chances de liberação para uma cirurgia plástica são maiores. Se ela está ativa, a situação precisa ser analisada com muito mais cuidado.

Medicações usadas pelo paciente

Esse é outro ponto que o médico considera. Ele analisa os medicamentos que o paciente utiliza regularmente e verifica as possíveis consequências de uma suspensão ou interação com outros remédios.

Afinal, existem alguns medicamentos que precisam ser suspensos antes da cirurgia plástica, mas a pessoa com doença autoimune nem sempre pode ficar sem eles.

Outras vezes, o paciente deverá tomar remédios no pós-operatório que são contraindicados para quem tem determinada doença autoimune ou mesmo crônica.

Corticoides e imunossupressores, por exemplo, dificultam a cicatrização e aumentam o risco de infecção pós-operatória. Portanto, para fazer a cirurgia plástica, o ideal é que o paciente não use esses medicamentos ou use uma dose realmente muito baixa. Nem todos podem se dar ao luxo de parar de tomar um desses remédios.

Procedimento desejado pelo paciente

Finalmente, o médico avalia se o procedimento que o paciente deseja é adequado diante de seu quadro clínico. Afinal, fatores como o tempo de duração da cirurgia, o tipo de anestesia utilizado e o grau de inflamação que ela provoca podem ser viáveis para algumas pessoas e não-viáveis para outras.

Se o médico entende que aquele procedimento apresenta um alto risco de ativação da doença autoimune, ele pode não indicar sua realização. Da mesma forma, se houver uma chance muito grande de complicações pós-operatórias como trombose.

Enfim, é possível realizar o sonho conciliando cirurgia plástica e doença autoimune?

Como dissemos, não há uma resposta definitiva. Afinal, são muitas variáveis que dependem do quadro clínico do paciente. Cada indivíduo é único, a Medicina não é uma ciência exata e o que pode ser adequado em determinado momento, pode não ser seguro em outro.

Além disso, como a Medicina ainda está estudando a evolução desses pacientes a longo prazo, muitas descobertas podem vir dos estudos que estão sendo realizados neste momento.

Portanto, se você deseja realizar uma cirurgia plástica, mas tem uma doença autoimune, procure seu médico reumatologista. Converse francamente com ele sobre esse assunto.

Também é fundamental que você seja cuidado por um cirurgião plástico experiente. Assim, ele trabalhará em parceria com seu reumatologista para analisar os seus indicadores clínicos, identificar o melhor momento para a realização do seu procedimento ou até mesmo contraindicá-lo.

Ficou com alguma dúvida? Então, que tal fazer sua avaliação com uma equipe altamente qualificada? Entre em contato conosco agora mesmo e solicite o agendamento da sua consulta.

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A Master Health, há mais de duas décadas, alia conforto, segurança e zelo no tratamento de seus pacientes. Adepta do conceito de clínica vertical, a Master dispõe de quatro andares unicamente dispostos ao atendimento, favorecendo a privacidade de cada momento da cirurgia plástica ou tratamento realizado pelo paciente.
Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP

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