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Imagine uma condição médica enigmática que afeta milhões de pessoas, mas permanece nas sombras do conhecimento comum e da compreensão médica. Esta condição é o lipedema, uma doença crônica mascarada, mal interpretada e frequentemente confundida com obesidade ou celulite.

Apesar de afetar uma estimativa de 10 a 15% das mulheres globalmente, muitas vezes caminha silenciosamente entre nós, prejudicando a saúde e impactando a autoestima.

Então, neste post, queremos convidar você a conhecer o lipedema e a desvendarmos os mistérios de uma condição subdiagnosticada, mas que pode fazer parte, inclusive, da sua vida.

Quer saber mais? Ficou curiosa? Então, continue a leitura.

O que é o lipedema?

O lipedema é uma condição médica crônica caracterizada pelo acúmulo desproporcional de tecido adiposo (gordura), principalmente nas pernas e quadris ou, ocasionalmente, nos braços.

Trata-se de uma condição que confunde tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde, que podem ver o acúmulo de gordura como obesidade ou a irregularidade da pele como uma celulite.

No entanto, o lipedema se diferencia dessas condições pelas regiões que afeta e pela dor significativa que pode provocar. Ao contrário do pensamento comum, essa condição não é simplesmente o resultado de ganho de peso ou obesidade. É uma doença distinta, com características próprias.

Inclusive, até mesmo a gordura do lipedema é diferente da obesidade. Ela possui um componente inflamatório muito importante, tem uma consistência mais firme e tende a formar nodulações abaixo da pele.

Lipedema ou obesidade: o desafio do diagnóstico

Por ser pouco conhecido e mal compreendido, o diagnóstico de lipedema ocorre frequentemente de forma tardia. Assim, a mulher que sofre com o problema costuma passar por uma jornada longa e frustrante em busca de tratamento.

A condição foi identificada pela primeira vez na década de 1940. Porém, ainda hoje, décadas depois, enfrenta desafios quanto à sua compreensão, diagnóstico e tratamento.

Parte da confusão ocorre porque o lipedema apresenta, pelo menos superficialmente, uma semelhança com condições como linfedema e a obesidade lipoedemática.

A quantidade de mulheres que sofrem com este problema — muitas vezes, sem diagnóstico correto e tratamento adequado — mostra a necessidade de maior conscientização, pesquisas e desenvolvimento de técnicas eficazes para a solução.

Vale a pena destacar que o lipedema, além do impacto físico, afeta profundamente o bem-estar emocional e psicológico das mulheres. A dor e o inchaço podem limitar a mobilidade e as atividades diárias, enquanto a aparência física gera questões de autoestima e isolamento social.

Quais são as causas do lipedema?

Compreender as causas e fatores de risco associados ao lipedema é fundamental para desvendar os mecanismos dessa condição complexa e desenvolver estratégias eficazes de tratamento e prevenção.

É importante informarmos que não se sabe, até o momento, a origem exata do lipedema. Existem muitas pesquisas sendo realizadas para estabelecer esta etiologia. No entanto, vários estudos já apontam para uma combinação de fatores genéticos, hormonais e ambientais:

Fatores genéticos

Os fatores genéticos não determinam que uma pessoa terá, inevitavelmente, lipedema. Porém, a hereditariedade aumenta as chances deste diagnóstico.

A principal evidência para isso é a prevalência deste problema em famílias. Muitas mulheres com este diagnóstico relatam ter parentes de primeiro grau que também apresentam características da condição.

Portanto, o fato de esta observação surgir com frequência sugere um forte componente genético, possivelmente envolvendo múltiplos genes que contribuem para a predisposição ao lipedema.

Influências hormonais

O lipedema manifesta-se quase exclusivamente em mulheres. Frequentemente, o quadro se inicia ou piora significativamente em momentos de mudança hormonal, como a puberdade, gravidez e menopausa.

Esses fatos indicam que os hormônios sexuais femininos, especialmente o estrogênio, podem desempenhar um papel essencial no surgimento e evolução da doença. Isso ocorre porque este hormônio afeta a distribuição de gordura, a retenção de líquidos e a função dos vasos sanguíneos.

Fatores ambientais

Os fatores ambientais e de estilo de vida também podem influenciar o risco de desenvolver lipedema ou agravar seus sintomas. Embora a obesidade não cause, sozinha, o lipedema, o excesso de peso pode aumentar o inchaço, a dor e potencializar a progressão da doença.

Da mesma forma, um estilo de vida sedentário pode piorar os sintomas, enquanto a atividade física regular ajuda a gerenciá-los. Portanto, aqueles cuidados básicos com a saúde — boa alimentação, exercícios, ingestão de água — continuam sendo uma estratégia para combater o problema.

Quais são os sintomas de lipedema?

É muito importante que você conheça os sintomas e sinais do lipedema. Afinal, ao percebê-los, poderá procurar ajuda médica para obter o diagnóstico ou para realizar exames que encontrem outra explicação para eventuais problemas. Veja quais são eles:

  • Acúmulo desproporcional de gordura: a pessoa com lipedema acumula gordura de maneira simétrica e desproporcional nas pernas, podendo também afetar os braços. Esta distribuição não é afetada por dietas ou exercícios regulares.
  • Dor e sensibilidade: uma característica distintiva do lipedema é a dor ou sensibilidade ao toque nas áreas afetadas, que pode variar de leve a severa.
  • Inchaço: o inchaço pode ser uma queixa comum, especialmente no final do dia ou durante períodos de calor intenso. Porém, o inchaço do lipedema não inclui os pés.
  • Pele com aspecto de “casca de laranja”: a pele sobre as áreas afetadas pode ter uma textura semelhante à casca de laranja, devido à fibrose subjacente e ao acúmulo de gordura. Ela lembra uma celulite, mas muito mais grave e irregular.
  • Tendência a hematomas: a paciente apresenta facilidade anormal para desenvolver hematomas nas áreas afetadas.

Se você reconhece esses sintomas ou, pelo menos, grande parte deles, busque ajuda médica. Saiba que é muito comum haver alguma confusão entre lipedema e linfedema, mas uma avaliação criteriosa do médico poderá distinguir as diferenças entre as duas condições.

Também é importante destacarmos que o lipedema é uma condição crônica que se desenvolve em etapas e, de acordo com elas, a mulher pode apresentar diferenças, como mudanças na aparência física e severidade dos sintomas.

Por isso, trataremos das etapas do lipedema no próximo tópico.

Quais são as etapas do lipedema?

O lipedema é uma condição crônica e progressiva. Portanto, os sintomas que aparecem nas primeiras etapas são um pouco diferentes ou menos severos que nas etapas posteriores.

Na primeira etapa, a pele permanece suave ao toque. Porém, a paciente começa a perceber um acúmulo de gordura abaixo da superfície, especialmente nas pernas e, às vezes, nos braços. Esta fase pode ser facilmente confundida com ganho de peso comum ou com o início da obesidade.

À medida que a condição avança para a segunda etapa, a pele começa a apresentar uma textura irregular, semelhante à casca de laranja. Isso ocorre devido ao aumento do tecido fibroso entre os depósitos de gordura. O inchaço pode tornar-se mais evidente, e a dor tende a se intensificar.

Já na terceira etapa, os depósitos de gordura tornam-se maiores, formando nódulos e grandes protuberâncias que podem afetar significativamente a mobilidade. A pele costuma apresentar grandes áreas de fibrose, tornando-se mais dura ao toque.

Entender essas etapas ajuda não apenas no diagnóstico do lipedema, mas também na orientação do tratamento. Tratamentos precoces podem ajudar a gerenciar os sintomas e a retardar a progressão da doença, enfatizando a importância do reconhecimento precoce e da intervenção.

Como é o tratamento do lipedema?

O tratamento e o gerenciamento do lipedema são cruciais para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas por essa condição. Embora não haja cura para este problema, uma abordagem multidisciplinar pode ajudar a gerenciar os sintomas, reduzir o desconforto e evitar a progressão da doença.

As estratégias de tratamento variam. Afinal, algumas mulheres apresentam sintomas severos e outras ainda não chegaram a esse estágio. Além disso, o médico considera o histórico de cada paciente e suas necessidades individuais.

Devido a essas diferenças, o tratamento pode incluir terapias conservadoras, mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos como a lipoaspiração.

Terapias conservadoras

O tratamento inicial do lipedema geralmente envolve medidas conservadoras, como o uso de roupas de compressão para ajudar a reduzir o inchaço e a dor.

A terapia de compressão melhora a circulação e diminui a retenção de líquidos. Além disso, a fisioterapia, incluindo a drenagem linfática manual, é recomendada para promover o fluxo de líquidos através do sistema linfático e reduzir o acúmulo de líquidos.

Essas terapias também podem ajudar a melhorar a mobilidade e a função das áreas afetadas, aliviando ainda o desconforto da paciente. Porém, elas não resolvem o problema se não forem combinadas principalmente a mudanças no estilo de vida.

Mudanças no estilo de vida

As mudanças no estilo de vida desempenham um papel fundamental no gerenciamento do lipedema. A adoção de uma dieta balanceada e nutritiva pode ajudar a controlar o peso e reduzir a inflamação.

Embora a perda de peso não reduza diretamente os depósitos de gordura do lipedema, pode diminuir o risco de complicações e melhorar a saúde geral. Muitos médicos prescrevem também suplementos que ajudam o corpo a metabolizar a gordura de forma adequada.

A atividade física regular, adaptada às capacidades e limitações do indivíduo, é essencial para manter a mobilidade e reduzir o risco de linfedema secundário. Os médicos costumam recomendar exercícios de baixo impacto, como natação, ciclismo e caminhada.

Lipoaspiração

Para casos em que a paciente não tem resultado com as terapias conservadoras e mudanças no estilo de vida, os médicos tendem a considerar a lipoaspiração como uma boa possibilidade de tratamento.

A lipoaspiração para lipedema foca na remoção de tecido adiposo patológico para aliviar a dor e melhorar a mobilidade. Este procedimento pode ser particularmente benéfico para pacientes com dor significativa e mobilidade reduzida devido ao acúmulo excessivo de gordura.

Assim como acontece na lipoaspiração estética, este procedimento é realizado sob efeito de anestesia, em ambiente hospitalar. O cirurgião insere cânulas finas através de pequenas incisões na pele. Então, ele quebra o tecido adiposo e o aspira.

Ao remover seletivamente o tecido adiposo do lipedema, a paciente tem uma redução significativa da dor e uma melhora na forma e função dos membros afetados. Portanto, quando bem indicada, a lipoaspiração é uma solução bastante eficaz.

É importante notar que a lipoaspiração não é indicada para todos os pacientes com lipedema. Por isso, ela costuma ser considerada apenas após uma avaliação cuidadosa por uma equipe médica especializada neste problema.

O fato é que o lipedema requer uma abordagem personalizada e frequentemente envolve a combinação de várias estratégias para alcançar os melhores resultados. Com o tratamento adequado e o apoio, as pacientes conseguem gerenciar seus sintomas eficazmente e manter uma boa qualidade de vida.

E você, já sabia todos esses fatos sobre o lipedema? Suas amigas também precisam entender melhor este assunto! Então, que tal compartilhar o link deste post com elas pelo WhatsApp? Elas vão agradecer!

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A Master Health, há mais de duas décadas, alia conforto, segurança e zelo no tratamento de seus pacientes. Adepta do conceito de clínica vertical, a Master dispõe de quatro andares unicamente dispostos ao atendimento, favorecendo a privacidade de cada momento da cirurgia plástica ou tratamento realizado pelo paciente.
Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP

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