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Embora não muito conhecida, a betaterapia tem se firmado a cada dia como uma excelente opção para o tratamento de cicatrizes hipertróficas e inestéticas.

Essa possibilidade é um alívio para as pessoas que já sabem de sua tendência a desenvolver queloides e, por isso, ficam com receio de fazer uma cirurgia plástica.

E você, tem tendência a desenvolver queloides? Quer descobrir como a betaterapia pode ajudá-lo a não ficar com uma cicatriz inestética?

Então continue neste post! Vamos explicar tudo sobre o queloide e as alternativas para tratá-lo.

O que é são queloides?

Queloide é um processo de cicatrização anormal que dá origem a um tecido de formato e tamanho irregulares, extrapolando os limites da lesão inicial.

Portanto, uma pessoa que desenvolve queloides sente-se incomodada com as cicatrizes que ficam feias, inestéticas, gerando um relevo desorganizado na região da lesão.

Além do alto relevo e da aparência da cicatriz, o queloide também causa outros incômodos como coceira, vermelhidão e até mesmo dor.

No entanto, é importante entender que nem toda cicatriz feia e em alto relevo tem o queloide como causa. Em alguns casos, trata-se apenas de uma cicatriz hipertrófica.

O corpo pode formar queloides em praticamente todas as situações em que ocorre uma lesão.

Assim, o queloide pode surgir após um arranhão acidental, uma lesão de acne, queimaduras, furos nas orelhas, tatuagens e até marcas de vacinas.

Como toda lesão pode levar ao surgimento de um queloide, esse é um risco presente também em cortes cirúrgicos. Por isso, esse é um dos fatores que o médico questiona ao longo da preparação para o procedimento.

Como o queloide se desenvolve?

Qualquer processo de cicatrização envolve a união de tecidos do corpo, ou seja, as bordas precisam se colar novamente para fechar a lesão.

Porém, para unir as duas partes de uma lesão, o corpo forma um tecido entre elas. Esse novo tecido é a cicatriz.

Para a formação deste tecido cicatricial, o corpo realiza uma série de processos. Um deles é a produção de muitas fibras de colágeno naquela região.

No entanto, em algumas pessoas, essa produção de colágeno acontece de forma muito desorganizada, produzindo uma quantidade maior desta fibra do que o corpo realmente precisa para fechar o ferimento.

O problema não é apenas a quantidade, mas também a deposição das fibras. Elas não se enfileiram da maneira esperada e crescem não só para cima, mas invadem até mesmo as áreas ao redor da lesão.

Como se esse transtorno não bastasse, esse queloide pode continuar crescendo ao longo de anos, embora em uma velocidade mais lenta.

Qual é a causa dos queloides?

Até agora já se sabe como o queloide se forma — e, como explicamos no tópico anterior, trata-se de uma produção exagerada de fibras de colágeno e células do tecido cicatricial.

Porém, a causa do queloide ainda é desconhecida. Sabe-se apenas que existe uma predisposição genética para desenvolver esse padrão anormal de cicatrização.

Inclusive, o queloide afeta com maior intensidade algumas populações específicas como negros, asiáticos e hispânicos.

É possível evitar os queloides?

Não é possível impedir o desenvolvimento de queloides. Porém, quando o médico está ciente da condição do paciente, ele consegue propor um tratamento rápido e inibir essa produção desorganizada de tecidos.

Se o paciente já sabe de sua tendência a desenvolver queloides, ele deve alertar o médico no período pré-operatório, nas consultas de avaliação.

Assim, o médico acompanha atentamente a formação da cicatriz e prescreve tratamentos que ajudam a conter o processo de cicatrização, como injeções de corticoide e a betaterapia.

Já a betaterapia é um procedimento muito eficaz no tratamento de queloide, que vem conquistando um espaço cada vez maior nos protocolos pós-operatórios.

Por isso, decidimos explicar para você como funciona este procedimento e quais são seus benefícios. Confira!

O que é a betaterapia?

A betaterapia é um procedimento bastante utilizado para evitar a formação de queloides.

Neste tratamento, o terapeuta coloca uma placa metálica radioativa, composta por Estrôncio-90 (Sr-90), em contato com a região da cicatriz.

Trata-se de um tratamento indolor e, para obter os resultados desejados, o paciente costuma realizar entre 4 e 10 sessões do procedimento.

As sessões têm duração de 30 minutos e podem ser realizadas diariamente ou em dias alternados, sempre de acordo com a orientação médica.

Alguns médicos recomendam começar a betaterapia entre 24 e 48 horas após a cirurgia. Isso acontece porque, neste período, o corpo produz fibroblastos em uma quantidade muito grande.

Então a betaterapia realizada neste período desacelera este ritmo de produção, reduzindo as chances de queloide.

Durante o tratamento, a radiação do estrôncio destrói as células que estão crescendo de forma desorganizada. Assim, ele melhora o aspecto da cicatriz.

Nós sabemos que talvez a palavra radiação deixe você com algum receio. No entanto, não precisa se preocupar ou ter medo dos raios beta.

Afinal, o Estrôncio-90 emite uma radiação muito baixa, que atinge apenas a superfície da pele no local tratado, não se espalhando pelo organismo.

Quais são os benefícios da betaterapia no tratamento de queloides?

Como já dissemos, a radiação destrói o tecido que está se desenvolvendo de forma anormal, reduzindo seu volume e limitando-o ao espaço da cicatriz.

Assim, combinada à aplicação de corticoides, a betaterapia diminui muito as chances de o paciente ficar com uma cicatriz inestética.

Para você ter uma ideia, é comum o queloide voltar a crescer mesmo depois que aquela cicatriz em alto relevo é eliminada por meio de cirurgia. Esse retorno é chamado de recidiva.

Quando o paciente recebe injeções de corticoide, as chances de ter uma recidiva caem para um pouco menos de 50% dos casos.

Já a utilização de betaterapia reduz esta chance de recidiva para taxas que variam entre 10 e 30%.

Como aumentar o sucesso da betaterapia no tratamento para queloides?

Atualmente, os médicos entendem que a melhor forma de obter um bom resultado e reduzir ao máximo as chances de desenvolvimento de queloides é por meio de uma combinação de terapias.

Portanto, muitos recomendam a aplicação de corticoides, a betaterapia e também a bandagem ou fita de silicone.

A seguir, falaremos sobre os procedimentos que complementam a ação da betaterapia:

Fita ou bandagem de silicone

Um dos problemas com as bordas de lesões é o fato de elas ficarem muito ressecadas. Esse ressecamento dificulta a cicatrização e o organismo entende que precisa aumentar a quantidade de água na ferida.

Assim, uma das maneiras que o organismo encontra de aumentar a umidade de uma lesão é acrescentar mais colágeno àquele local.

Como você aprendeu neste post, o organismo com tendência a queloides já produz uma quantidade exagerada de colágeno.

Portanto, o paciente precisa evitar o ressecamento para que o organismo não interprete esta falta de água como a necessidade de produzir ainda mais fibroblastos.

Este é o papel da fita de silicone — vedar a cicatriz para que ela não perca mais água e, desta forma, reduza a produção de colágeno.

É muito importante destacar que as pessoas não devem colocar fita de silicone sobre a cicatriz sem orientação médica.

Afinal, se elas estão com um processo de cicatrização normal, o corpo precisa continuar produzindo colágeno em quantidade adequada para fechar a lesão.

Se elas colocam a fita, o aumento da umidade na cicatriz sinaliza para que o corpo produza menos colágeno, o que vai dificultar o fechamento da lesão.

Por isso, a fita só deve ser usada por quem está desenvolvendo queloides, cicatrizes hipertróficas ou por outra razão que leve à recomendação médica.

Aplicação de corticoide aliada à betaterapia

O corticoide é uma substância que reduz a reação inflamatória do organismo. Portanto, ela silencia o alerta que leva o corpo a exagerar na produção de colágeno.

Por esse motivo, a aplicação de corticoide é um dos tratamentos mais eficazes para evitar a formação de queloides. Aliado à betaterapia, seu efeito se torna ainda mais potente.

Crioterapia aliada à betaterapia

Na crioterapia, o profissional aplica nitrogênio líquido em uma temperatura baixíssima diretamente na área que necessita de tratamento.

Assim, as células que formam o queloide são congeladas e morrem. O corpo as elimina naturalmente, reduzindo a lesão.

No entanto, a crioterapia nem sempre é indicada pelos médicos. Às vezes, eles recomendam este procedimento apenas para cicatrizes pequenas.

Cuidados pós-operatórios

Embora os cuidados pós-operatórios não sejam um procedimento médico ou estético, eles são fundamentais para favorecer a boa cicatrização e evitar complicações com o fechamento da lesão.

Portanto, é fundamental que o paciente realize o repouso de acordo com a orientação médica, use a cinta ou malha compressiva, durma na posição recomendada e não faça esforço físico.

Outras medidas tão importantes quanto essas, mas que nem sempre são lembradas pelas pessoas, são os cuidados com a alimentação.

Há bastante tempo, sabe-se que alimentos mais naturais e integrais atuam como anti-inflamatórios e favorecem a cicatrização.

Por outro lado, produtos industrializados, cheios de sódio, conservantes, açúcar, refinados e ricos em gordura dificultam o fechamento da lesão.

Portanto, tenha em mente que seu cardápio contribui para que você tenha um pós-operatório mais tranquilo ou repleto de complicações.

Por último, não poderíamos deixar de falar do cigarro e do álcool. Eles causam problemas como desidratação dos tecidos e má distribuição de nutrientes e de oxigênio através do sangue.

Então eles dificultam a recomposição de tecidos, potencializam as inflamações e aumentam as chances de complicações no processo de cicatrização.

Agora você já sabe qual é a função da betaterapia no tratamento de queloides e todas as outras medidas para controlar o processo de cicatrização do post.

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A Master Health, há mais de duas décadas, alia conforto, segurança e zelo no tratamento de seus pacientes. Adepta do conceito de clínica vertical, a Master dispõe de quatro andares unicamente dispostos ao atendimento, favorecendo a privacidade de cada momento da cirurgia plástica ou tratamento realizado pelo paciente.
Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP

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